Investimentos de risco em tecnologias limpas caem 33% no 2º trimestre

O Grupo Cleantech, empresa de pesquisas especializada em consultoria de inovações tecnológicas limpas, lançou nesta quarta-feira (6) os resultados preliminares sobre os investimentos de risco em tecnologias limpas no segundo trimestre deste ano.

De acordo com a companhia, este tipo de investimento chegou a US$ 1,83 bilhões na América do Norte, na Ásia e na Europa, o que significa uma queda de 33% em comparação ao primeiro trimestre de 2011, no qual os investimentos em tecnologias limpas atingiram US$ 2,75 bilhões, e uma redução de 10% em relação ao segundo trimestre do ano anterior, quando os investimentos alcançaram US$ 2,03 bilhões.

Na comparação dos investimentos por região, a América do Norte somou 77% do total, ou seja, US$ 1,42 bilhões, com 113 acordos firmados; a Europa contribuiu com 17% dos investimentos, ou US$312 milhões, e 38 acordos; e a Ásia totalizou 6% dos investimentos, ou US$ 103 milhões, e 10 acordos.

Segundo a firma, o setor no qual mais se investiu foi o de eficiência energética, com US$ 428 milhões, seguido pelo solar – US$ 363 milhões –, o de biocombustíveis e biomateriais – US$ 237 milhões – e o de transportes – US$ 176 milhões.

Em relação ao número de acordos fechados, houve uma redução de 174 no trimestre anterior para 161 neste trimestre. Foram 38 acordos firmados no setor de eficiência energética, 27 no solar, 13 no de biocombustíveis e biomateriais e nove no de transportes.

“Nossos números globais de capital de risco mostram uma força contínua da eficiência energética, que encabeça os índices tanto em percentagem de investimento quanto em acordos contabilizados”, declarou Sheeraz Haji, CEO do Grupo Cleantech.

Apesar da queda nos investimentos de risco, o grupo afirmou que as operações de Oferta Pública Inicial (IPO em inglês), que são as primeiras vendas de papéis de uma empresa no mercado de ações, e de Fusões e Aquisições (M&A em inglês) continuam fortalecidas no setor.

Das 11 transações de IPO realizadas no segundo trimestre do ano, que totalizaram US$ 1,99 bilhões, seis foram da China, o que demonstra que o país tende a aumentar seus investimentos nessas operações. Já as atividades de M&A contabilizaram 86 aquisições, que movimentaram US$ 13 bilhões.

“A janela IPO se mantém aberta, e a quantidade de companhias que estão preparando ofertas públicas continua a crescer. Nesse clima, os investidores estão favorecendo investimentos posteriores”, explicou Haji.

* Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.