Mais de 700 mortos após repressão na Síria, apontam grupos de direitos humanos

ONU preocupada com resposta violenta de governos aos protestos de civis; ONGs apontam para milhares de detenções no Oriente Médio.

Rupert Colville.

Repressão e uso de força armada têm sido a reação do governo da Síria a manifestações de civis, causando entre 700 a 850 mortes e milhares de presos desde o início dos protestos em 15 de março.

“Não podemos verificar estes números, mas acreditamos que não estejam longe da realidade”, disse nesta sexta-feira o porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Rupert Colville.

Iêmen e Barein

De acordo com a ONU, os relatórios enviados por organizações de direitos humanos revelam a “grave situação e bombardeios na cidade de Homs.”

Milhares de civis, incluindo líderes da oposição, ativistas de direitos humanos, médicos e políticos foram detidos, e outros foram mortos no Iêmen e no Barein, apontam os relatos.

Direitos Humanos

A ONU apela aos governos para um cessar-fogo imediato e que “acabem com as prisões massivas para silenciar os seus oponentes”.

A organização pretende enviar uma missão de alto nível para averiguar as denúncias de violação de direitos humanos na região, que será chefiada pela alta comissária adjunta para Direitos Humanos, Kyung-wha Kang.

Entretanto, o Secretário-Geral da ONU, Ban Kin-moon, telefonou para o presidente sírio Bashal al- Assad esta semana, pedindo que ele coopere com a missão do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

* Publicado originalmente no site Rádio ONU.