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Menos água e mais abalos sísmicos

Pesquisadores da Western Washington University divulgaram esta semana um estudo que aponta que a exploração intensiva da água na região da Califórnia, nos Estados Unidos, pode acelerar o ritmo dos tremores de terra no oeste americano. Os cientistas avaliam que a extração de água, a irrigação e fenômenos de evaporação têm provocado, nos últimos 150 anos, o desaparecimento de 160 quilômetros cúbicos de água (1 km³ equivale a um bilhão de litros) nos lençóis freáticos do Vale Central da Califórnia. Esta perda de volume nas rochas do subsolo acabou influenciando os movimentos da crosta terrestre e a atividade sísmica da região. marcos de GPS, os pesquisadores mediram as variações do relevo no vale de San Joaquin e constataram que a região sofre com uma rede de fenômenos de desnível, às vezes muito pronunciados (cerca de 30 cm por ano, em alguns lugares, um registro acumulado de 5,50 metros), provocados pela extração de água no subsolo. De acordo com os pesquisadores, esta sobre-elevação crônica de parte da Califórnia central modifica as tensões exercidas sobre a falha de San Andreas, aumentando provavelmente a frequência de pequenos sismos na região, mas também potencialmente, a mais longo prazo, os riscos de um tremor de terra maior. (Envolverde)