Negócios e produtos chineses invadem o Irã

Atualmente, China é o maior parceiro comercial do Irã. Foto: Reprodução/Internet

O Irã vê o crescente volume de comércio exterior com a China de forma ambivalente.

Apesar do endurecimento das sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos e outros países ocidentais com o fim de forçar o Irã a abandonar suas ambições nucleares, a China continua a fortalecer os seus elos com a república islâmica. O petróleo do Irã, responsável por cerca de 80% da receita do governo, está fluindo cada vez mais para refinarias na China, hoje o seu maior parceiro comercial.

O Irã também se tornou um mercado lucrativo para produtos e serviços chineses. A China está investindo US$ 1 bilhão para aprimorar a infraestrutura de Teerã. Um conglomerado chinês expandiu a enorme rede de metrôs da capital como parte de um contrato que totaliza US$ 328 milhões.

Embora os Estados Unidos invectivem contra países e empresas que fazem negócios com o Irã, a China tem relutado em reduzir suas importações de petróleo cru iraniano, o qual é responsável por quase 10% de seu consumo total de petróleo. “A China se opõe a qualquer sanção imposta unilateralmente por um país a outro de acordo com sua lei doméstica”, declarou o primeiro-ministro do exterior chinês em um comunicado divulgado em junho. Em todo caso, a China vê o seu comércio com o Irã como parte de uma política geoestratégica de reagir à hegemonia norte-americana no Oriente Médio, ao mesmo tempo em que dificulta o avanço dos Estados Unidos em direção ao Pacífico.

* Publicado originalmente no jornal The Economist e retirado do site Opinião e Notícia.