O declínio da Grande Barreira de Corais

Uma das formações de corais mais protegidas do mundo sofre com os efeitos dos predadores, poluição e mudança climática.

Atualizado em 08/10/2012 às 10:10, por Ana Maria.

Tempestades tropicais causaram metade das mortes de corais. Foto: Reprodução/Internet

Uma das formações de corais mais protegidas do mundo sofre com os efeitos dos predadores, poluição e mudança climática.

Em 26 de setembro, a Google anunciou que os usuários do programa Google Maps poderiam fazer passeios submarinos virtuais pela Grande Barreira de Corais, a maior formação de corais do mundo, localizada na costa do nordeste da Austrália.

No entanto, embora a Grande Barreira de Corais seja uma das formações mais legalmente protegidas do mundo, ela sofre, assim como outros recifes, com os efeitos dos predadores, poluição e mudança climática. Um estudo recém-publicado no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences procura quantificar esse declínio.

Os pesquisadores, liderados por Glenn De’ath do Instituto Australiano de Ciência Marinha, examinaram dados de mais de 2.200 pesquisas de formações de corais feitas desde 1985. Embora algumas partes da barreira tenham crescido, a tendência geral ao longo do período foi de retração acentuada. Dr De’ath e sua equipe descobriram que a cobertura de coral média – em outras palavras, a proporção do recife que abriga pólipos de corais, ao invés de seus exoesqueletos ocos – caiu à metade, de 28% em 1985 para 13,8% hoje em dia. Ou seja, uma queda de 0,5 pontos percentuais ao ano. A queda não foi uniforme. As partes relativamente isoladas a nordeste se saíram melhor, ao passo que a cobertura em partes da extremidade sul caíram para o nível de 8,2%.

Os pesquisadores também tentaram estimar o que foi responsável pela queda. Danos causados por tempestades tropicais, segundo eles, foram responsáveis por cerca da metade das mortes de corais. O branqueamento dos corais é provocado por altas temperaturas e a frequência do fenômeno aumentou, provavelmente em reação ao aquecimento global. Os dois quintos restantes, eles afirmam, foram predados pela estrela-do-mar-coroa-de-espinhos.

* Publicado originalmente na The Economist e retirado do site Opinião e Notícia.


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