O espaço da pesquisa acadêmica no Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental

Por Ilza Maria Tourinho Girardi*  Neste ano o Encontro de Pesquisadores em Jornalismo Ambiental volta a acontecer junto com o nosso congresso. Será a terceira edição e a chamada para trabalhos já foi lançada.

Atualizado em 03/11/2015 às 15:11, por Ana Maria.

Por Ilza Maria Tourinho Girardi* 

Neste ano o Encontro de Pesquisadores em Jornalismo Ambiental volta a acontecer junto com o nosso congresso. Será a terceira edição e a chamada para trabalhos já foi lançada. A apresentação de artigos científicos iniciou no segundo congresso como mostra, porque seus organizadores entenderam a necessidade de abrir espaço para a academia, pois o jornalismo ambiental já era objeto de estudos nos TCCs, iniciação científica e nos cursos de pós-graduação. Assim aconteceu no terceiro congresso, em Cuiabá. Passou para encontro de pesquisadores no quarto congresso que ocorreu no Rio de Janeiro. Devido aos problemas relativos ao financiamento de conferencistas para participarem do encontro durante o quinto congresso que teve lugar em Brasília, o evento de pesquisa foi transferido para Porto Alegre em 2014, com a parceria da CAPES e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

O III Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo Ambiental faz o evento voltar às origens, dando oportunidade a todos os participantes do VI Congresso Brasileiro de Jornalismo dar uma espiada na apresentação dos trabalhos, participarem das discussões e contribuírem com o olhar de quem está na prática diária do jornalismo. Esses momentos são muito ricos e deles podem surgir inspiração, ideias e sugestões para novas pesquisas.

A criação das disciplinas de Jornalismo Ambiental e a participação na iniciação científica têm estimulado estudantes da graduação a elaborarem seus trabalhos de conclusão de curso fazendo o cruzamento do jornalismo com os temas ambientais. Isso é muito importante e faz com que os jovens, ao ingressarem na pós-graduação, o façam pelo interesse em aprofundar a investigação iniciada no TCC ou examinar outro aspecto que precise de um exame mais atento.

Investigação realizada pelo Grupo de Pesquisa em Jornalismo Ambiental CNPq/UFRGS localizou no Banco de Teses do Portal de Periódicos da CAPES/MEC, entre os de 1987 a 2010, 101 trabalhos. Desses, oito eram teses, 90 dissertações de mestrado e três de mestrado profissionalizante. Outro dado relevante é que as pesquisas se concentram nas regiões sul, com 20 trabalhos e sudeste com 51. Isso mostra que as pesquisas precisam ser incrementadas nas demais regiões do país. O cenário poderá melhorar com a criação das disciplinas de jornalismo ambiental nos cursos de jornalismo atendendo às Novas Diretrizes Curriculares  que mencionam a necessidade da formação de profissionais que compreendam o seu papel na busca da justiça social, bem como na construção da  cidadania  e de uma sociedade sustentável.

No último encontro tivemos a apresentação de 20 comunicações livres, cinco  trabalhos de iniciação científica e três relatos de experiências. Neste ano esperamos que o número de participantes aumente, pois a pesquisa funciona como uma espécie de observatório que mostra como as coberturas estão sendo realizadas e o que é preciso melhorar para que o jornalismo desempenhe bem a sua função na sociedade. (#Envolverde)


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