O presidente Barack Obama anunciou, antes do discutível acordo para elevar o teto da dívida, um acordo com as maiores montadoras do mundo para dobrar a eficiência da frota de carros e picapes.
Esse acordo está sendo considerado um marco na política de redução de emissões de CO2 no EUA. Ele dobra a eficiência no consumo de combustíveis dos automóveis e picapes e, consequentemente, corta pela metade as emissões de Co2. Além de benefícios ambientais e para a saúde pública, terá forte impacto positivo na economia. A agência ambiental EPA, responsável pela implementação do Clean Air Act, lei que regula qualidade do ar no EUA estima que ela já produziu quase US$ 50 trilhões em benefícios econômicos nos seus 40 anos de vigência. A Casa Branca estima que o impacto econômico direto do acordo com a indústria automobilística seria de US$ 1.7 trilhões, com a redução dos gastos das famílias e fiscal com combustíveis. Os benefícios secundários poderiam chegar a US$ 7 trilhões.
Para cumprir o acordo, a indústria, além de investir em motores a combustão mais eficientes, terá que mudar a composição da frota automotiva, aumentando significativamente a participação de veículos híbridos e elétricos. São metas exigentes e mostram que, mesmo sem uma lei sobre mudança climática, o Executivo no EUA tem poder para ir além dos compromissos de redução de emissões de carbono que assumiu em Copenhague, na COP15.
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** Publicado originalmente no site Ecopolítica.