O presidente norte-americano Barack Obama deu grande destaque às mudanças climáticas no discurso de posse do segundo mandato e afirmou que iria promover diversas ações para lidar com o problema, porém a criação de uma taxa sobre o carbono emitido por empresas não será uma delas.

Em um comunicado na última quarta-feira (23) na Casa Branca, o porta-voz da presidência Jay Carney disse que não há a intenção de se propor tal taxa e que o caminho que a administração atual escolheu para lutar contra o aquecimento global é o de fortalecer a Agência de Proteção Ambiental (EPA, em inglês) e tornar mais rigorosas as regras de emissões de gases do efeito estufa, inclusive para o setor de energia.

“O presidente demonstrou durante seu primeiro mandato que nós podemos, em conjunto, agir de maneira amigável ao meio ambiente e ainda garantir a segurança de nossa vitalidade econômica ao investirmos com prioridade em novas tecnologias limpas”, declarou Carney.

No entanto, o porta-voz não deu mais detalhes de quando essas medidas entrariam em vigor e nem se o presidente se opõe que o legislativo crie a taxa de carbono.

Aliás, já há quem anuncie que vai propor a taxa no Congresso norte-americano. O senador independente Bernard Sanders afirmou nesta semana que vai introduzir em fevereiro um projeto que obriga as companhias mais poluentes a pagar por suas emissões e que também acaba com os subsídios para os combustíveis fósseis.

“Os recursos que iriam para os subsídios poderão ser usados para estimular fontes limpas de energia e também para compensar os consumidores caso as empresas atingidas pela taxa sobre o carbono resolvam elevar os preços de seus produtos”, explicou Sanders.

* Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.