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Operação de extremo perigo

Foto: Jalaa Marey/AFP

Abu Dhabi (Wam) – A aviação israelense bombardeou partes do território sírio na terça-feira da semana passada em uma perigosa escalada destinada à regionalização da guerra civil nesse país. A operação foi uma clara violação da Carta das Nações Unidas e uma agressão injustificada. Não está claro o alvo do bombardeio. O governo sírio sustenta que foi destruído um centro de pesquisa militar, mas várias fontes, entre elas diplomatas ocidentais e rebeldes sírios, disseram que os israelenses atingiram um comboio de armas destinadas ao partido libanês Hezbolá. “O fato de que Israel tenha podido bombardear de forma impune é uma dura lembrança, tanto para a oposição como para o governo da Síria, segundo a qual aquele país continua sendo a principal potência na região e que está disposto a utilizar a seu bel prazer todo o seu poderio, sem considerações legais nem morais”, assinalou um editorial publicado na quinta-feira pelo jornal Gulf News. O articulista ressaltou a importância de não se olvidar que os iranianos, israelitas e as forças islâmicas não lutam pela Síria, e sim pelos seus próprios objetivos, que são o de obter vantagens táticas de longo prazo. (Agência Wam)