Há espécies boas para ficarem expostas ao Sol, e outras que são perfeitas para sombras.
Fazer um paisagismo em varanda ou mesmo dentro de casa é irresistível e pode não ser tão difícil. O problema está justamente na manutenção e conservação, pois esse tipo de natureza, quando mal tratada, não costuma resistir muito tempo. A solução para as dúvidas mais frequentes é conhecimento de algumas características de cada uma das plantas. É necessário descobrir se são espécies que necessitem de Sol ou de sombra.
As espécies de sol, como o nome diz, são aquelas que apreciam e precisam da luz do Sol diretamente em suas folhas. Apenas claridade não é suficiente, elas gostam de “tomar sol”, e acumulam calor. Essas espécies costumam se desenvolver bem em solo basicamente de terra, e precisam de regas abundantes, de três a quatro vezes na semana, e adubação constante.
Outras espécies, também de sol, preferem solo arenoso e com pouca terra, como é o caso dos cactos. Diferentemente das anteriores, essas não precisam, e nem gostam de água, pois, se hidratam por meio da umidade do ar, que é captado sob a “pelugem” que reveste suas folhas. Os cactos apodrecem facilmente, se forem regados com frequência, ou mesmo se receberem chuvas constantes.
Já as espécies de sombra, geralmente possuem folhas mais delicadas, e seu porte/tamanho varia de 20 centímetros a dois metros, e dificilmente passam desta altura. Neste caso, o solo deve possuir uma composição diferenciada, contendo serragem, húmus, alguns tipos de nutrientes em farelo, adequados às raízes finas e suas necessidades orgânicas. Este tipo de solo se mantém “soltinho” e não deve ficar compactado ou encharcado.
Vasos para espécies com essas características devem ser bem drenados, permitindo que o excesso de água saia do vaso, caso contrário as raízes podem começar a apodrecer, causando doenças e até a morte da muda.
As espécies internas requerem cuidados específicos. Seguem cinco dicas simples de cuidados diários.
1. A limpeza constante das folhagens é fundamental para a saúde e beleza da sua planta. Essa limpeza ajuda a espécie a respirar e previne o aparecimento de pragas, como cochonilhas e pulgões.
2. Hidrate as folhas com um pano úmido pelo menos uma vez ao mês, enquanto faz a limpeza. Esta hidratação evita que apareçam manchas de ressecamento na ponta das folhas, geralmente causado pela poluição e ar seco das grandes cidades. Você verá rapidamente uma grande diferença na beleza e saúde delas!
3. Ambientes com ar-condicionado são prejudiciais às espécies, reduzem a vitalidade, o brilho e o tempo de vida. Evite posicionar os vasos próximos ou logo abaixo dos dutos de ar.
4. A rega deve ser controlada de uma a duas vezes por semana, com pouca água. A quantidade de água pode variar de acordo com o tamanho da espécie.
5. Outra preocupação constante é o surgimento de fungos, que podem ser identificados pela coloração amarelada da folhagem e odor na terra, ocasionado pelo excesso de água. Se isto acontecer, diminua a quantidade de água, ou aumente o intervalo de dias entre uma rega e outra.
Mas, para quem não tem muito tempo e quer manter o paisagismo sempre perfeito, hoje já existem empresas que, além de desenvolverem projetos, também prestam o serviço de manutenção.
* Daniela Sedo é formada em Arquitetura e Urbanismo, e iniciou sua carreira trabalhando com os renomados Arthur Casas e Alex Hanazaki. Atualmente, tem sua própria empresa, a Daniela Sedo Arquitetura e Paisagismo.