GAZA, 7 de julho (WAM) – A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) declarou nesta sexta-feira a cidade velha de Hebron como Patrimônio Mundial em Perigo, o que irritou Israel.
O Comitê Mundial de Patrimônio reuniu-se na Polônia e declarou com 12 votos a favor, três contra e seis abstenções, a antiga cidade de Hebron, na Cisjordânia em perigo.
A cidade palestina de Hebron tem cerca de 200.000 habitantes palestinos e algumas centenas de israelenses.
Apresentada pela delegação palestina, a resolução declarou a cidade velha de Hebron, incluindo a área onde estão os colonos israelenses, como uma área de excepcional valor universal.
A resolução foi aprovada rapidamente, porque o local está sob ameaça porque os palestinos acusam Israel de um número “alarmante” de violações, como vandalismo e danos à propriedade.
O Ministério das Relações Exteriores palestino considerou a decisão da Unesco um “sucesso” para a diplomacia palestina.
Hebron é conhecida por ser uma das cidades mais antigas do mundo, datada do período Calcolítico (Idade do Cobre), mais de 3.000 anos antes de Cristo, recorda a resolução.
Em várias ocasiões foi conquistada pelos romanos, judeus, cruzados e mamelucos.
Na cidade se encontra a Tumba dos Patriarcas, lugar onde estão os restos mortais de figuras bíblicas como Abraão, Isaac e Jacob, e é um dos locais religiosos mais importantes para muçulmanos e judeus.
A cidade velha de Hebron / Al Jalil é a última propriedade cultural inscrita na lista dos sítios do patrimônio mundial em perigo depois do Local de Nascimento de Jesus: a Basílica da Natividade e a rota de peregrinação em Belém e Palestina, terras de oliveiras e vinhedos – Paisagem Cultural do sul de Jerusalém, Battir. (Envolverde)
