Para jovens “ficar” tem ou não a ver com sexo?

“Ficar” é um termo usado para descrever um tipo de relacionamento rápido e sem compromisso, muito comum principalmente entre os jovens. Mas o que “ficar” significa de verdade para eles? Este foi o objetivo de um estudo realizado com 300 alunos de uma universidade pública nos EUA, que mostrou que, para a grande maioria, ficar tem a ver com sexo.

“Nós estávamos interessados em saber o quanto falar sobre ‘ficar’ poderia ou não  justificar um potencial comportamento sexual de risco [sexo sem preservativo]”, diz a autora do estudo, Amanda Holman, da Universidade de Nebraska. “Jovens que mantinham fortes laços de amizade com seus pares e que conversavam frequentemente sobre sexo, ‘ficavam’ mais.”

No estudo, 84% dos jovens disseram que falaram com seus colegas nos últimos quatro meses sobre com quem ficaram. Mas quando perguntados sobre com quantas pessoas ficaram durante aquele ano, a grande maioria disse que foi “menos do que a média”. A média, de acordo com 90% dos entrevistados, é ficar com duas ou mais pessoas nesse mesmo período de um ano.

Cinquenta e quatro porcento disseram ter transado com algum ficante durante aquele ano. A maioria eram homens, com 63%, em comparação às mulheres, 45%.

Para a maioria dos entrevistados o termo “ficar” era relacionado com relações sexuais, mas termo é ambíguo

Os resultados também mostram que o termo não é interpretado de forma igual para todos. Dos entrevistados, 94% disseram ter ouvido alguém usar o termo “ficar” em referência a relações sexuais. Pouco mais da metade descreveu como um tipo de relacionamento que envolve sexo; 9% disseram que não envolve sexo. Porém um terço de todos os entrevistados indicou que o termo é ambíguo.

Para a autora, o estudo mostra a diversidade entre os jovens com relação aos objetivos de um relacionamento – sexual ou não. “A pesquisa também destaca a importância da amizade e das conversas entre os pares nas atitudes dos jovens. A comunicação interpessoal exerce uma influência poderosa”, conclui Holman.

Com informações da University of Nebraska-Lincoln.

* Publicado originalmente no site O que eu tenho.