Todos os dias dezenas de espécies entram para as listas que trazem os animais ameaçados de extinção. Apesar dos esforços de biólogos e cientistas, é muito mais comum entrar no grupo do que o contrário.
Nesta semana, no entanto, ambientalistas, biólogos e cientistas da Nova Zelândia confirmaram o “ressurgimento” de uma espécie de passado considerada extinta há mais de 150 anos. As pistas da sobrevivência do New Zealand Storm Petrels, ou apenas Storm Petrels, surgiram em 2003, quando um grupo de pesquisadores avistou um exemplar isolado em meio a um grande grupo de outros pássaros.
Foi cogitada a existência de uma espécie semelhante, afinal, os cientistas consideraram pouco provável que os pássaros passassem tanto tempo em reprodução contínua sem serem percebidos. Pois foi exatamente o que aconteceu e a confirmação veio através do DNA comparado entre exemplares empalhados em museus e um Storm Petrel vivo.
Desde então, ambientalistas trabalham para que a descoberta resulte no financiamento de medidas para a proteção da espécie, porém, o Departamento de Conservação diz que o Storm Petrel vai ficar alocado em uma categoria que recebe uma verba relativamente baixa, em virtude do desconhecimento do tamanho da população das aves.
O “ressurgimento” do Storm Petrel ofuscou outro reaparecimento de grande importância. Considerado extinto há 50 anos, o Tahake foi redescoberto em 1978, quando o médico Dr. Geoffrey Tramper Orbell caminhava próximo ao lago Te Anau, também na Nova Zelândia, e resolveu seguir pegadas estranhas na areia até se deparar com quatro exemplares do pássaro de plumagem predominantemente azul e bico avermelhado.
* Publicado originalmente no site EcoD.