Há queixas de que os planos adotam punições contra médicos que ultrapassam um teto de pedidos de exames e outros procedimentos complementares.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) proibiu uma velha prática na relação entre as operadoras de planos de saúde e seus médicos conveniados: a concessão de “incentivos” para aqueles que não ultrapassarem um teto de pedidos de exames e outros procedimentos complementares, denominado “meta referencial”.
Além dos “incentivos”, há queixas de que os planos também adotam punições contra médicos que ultrapassam este teto, na forma de desconto no pagamento dos profissionais e até descredenciamento.
Multa de R$ 35 mil é pouco?
O presidente do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), Renato Azevedo Júnior, disse ao jornal O Estado de S. Paulo que as queixas de médicos sobre abusos e interferência no exercício da profissão por parte das operadoras de planos de saúde são antigas.
A instrução normativa da ANS, que foi publicada no dia 13, no Diário Oficial da União, estabelece multa de até R$ 35 mil às operadoras que descumprirem a norma, que foi editada dias após a mobilização de médicos por melhores condições de trabalho e de remuneração.
* Publicado originalmente no site Opinião e Notícia.