Rio de Janeiro – A prefeitura do Rio alerta para o alto risco de uma epidemia de dengue neste ano, cujo pico deve ocorrer, segundo a Secretaria de Saúde e Defesa Civil, entre os meses de março e abril. De acordo com balanço divulgado hoje (3), foram registrados, no ano passado, 76.404 casos da doença. Em 2010, a cidade teve 3.178 casos. Além disso, a capital fluminense notificou 51 mortes em 2011.
Para o superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria, Márcio Garcia, o risco é alto por conta de toda a série histórica que o Rio de Janeiro tem com relação à dengue e da volta do tipo 1 do vírus da doença, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. O primeiro registro do vírus tipo 1 foi na década de 1980.
“É um risco importante. É alto. Podemos nos basear no estudo feito da distribuição dos casos de dengue ao longo dos últimos dez anos e das epidemias passadas. Além disso, temos a volta do tipo 1 do mosquito como vírus predominante e há possibilidade da entrada do tipo 4, fora as condições climáticas em que o Rio tem todo o potencial de vulnerabilidade para acumular criadouros”, disse Garcia.
A região que apresentou o maior número de registros de dengue foi a zona Oeste, com 35.019 casos, o que representa quase metade do total de infectados no município.
Garcia ressalta que a Prefeitura montou polos de atendimento específicos para o tratamento de sintomas da doença. Ao todo, a cidade conta com 20 polos, sendo um com funcionamento 24 horas, localizado no Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro.
Na última epidemia, em 2008, a capital fluminense teve 126.338 notificações, com 174 mortes registradas. Para conter o avanço dos casos de dengue, a prefeitura informou que conta com 1.860 agentes de vigilância em saúde para vistoriar domicílios. Nos próximos, serão 3.600 profissionais.
* Edição: Lana Cristina.
** Publicado originalmente no site da Agência Brasil.