Um site criado em Nova York, batizado de Skillshare (compartilhamento de habilidades) virou notícia nesta semana na imprensa norte-americana porque conseguiu atrair milhões de investidores. O que eles fizeram foi convidar as pessoas a vender suas habilidades. Qualquer habilidade: fazer doces, pintar, cantar, desenvolver programas de internet, ensinar mandarim.
O projeto cresceu, e muita gente redescobriu a utilidade em algo que sabe fazer bem e quase não era explorado. Muito menos dava dinheiro. Viu-se também a possibilidade de localizar alguém próximo, morando talvez na mesma rua.
Esse tipo de experiência, com êxito comercial, é uma interessante dica educacional, desfocando o processo de aprendizagem de sala de aula e aproveitando os talentos espalhados pela cidade. Toda a cidade torna-se uma comunidade de aprendizagem.
É exatamente minha aposta para onde vai a educação do futuro, na qual mais gente do que se imagina pode ser aluno e professor por tempo indefinido.
* Gilberto Dimenstein é colunista e membro do Conselho Editorial da Folha de S.Paulo, comentarista da rádio CBN, e fundador da Associação Cidade Escola Aprendiz.
** Publicado originalmente no Portal Aprendiz.