Recessão na Europa provoca queda recorde nas emissões de CO2

A recessão econômica global provocou uma redução recorde de 7,2% nas emissões de gases-estufa da União Europeia (UE) em 2009,

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Emissões caíram de 4,96 bilhões de toneladas de CO2 em 2008 para 4,60 bilhões em 2009
colocando o bloco à frente do cronograma planejado de cortes, indicaram dados de um relatório técnico apresentado para o Secretariado de Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas (ONU).

“A força da recessão de 2009 afetou todos os setores econômicos da UE”, destaca o documento da Agência Ambiental Europeia, com sede na Dinamarca. “O consumo de combustíveis fósseis caiu em comparação com o ano anterior, principalmente o de carvão”, acrescenta o texto.

As emissões de gases-estufa no bloco, que é formado por 27 países, caíram de 4,96 bilhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) em 2008 para 4,60 bilhões em 2009. A queda de 7,2% corresponde a 354 milhões de toneladas (quase o mesmo que as emissões anuais da Espanha ou da Polônia), e foi bem mais acentuada do que qualquer outro declínio desde 1990, quando as nações ricas começaram a reunir os dados a partir de tratados da ONU.

O relatório não informou o quanto as emissões poderão voltar a crescer com o retorno do crescimento econômico em 2010, mas adiantou: “A recessão em 2009 acelerou, temporariamente, a tendência de baixa nas emissões totais de gases-estufa.”

A redução, ampliando os cortes pelo quinto ano consecutivo, deixa as emissões 17,6% abaixo dos 5,59 bilhões de toneladas emitidos no ano-base da ONU de 1990 e perto do objetivo unilateral europeu de cortar as emissões em 20% até 2020 levando-se em conta o índice de 1990.

A UE havia dito que aumentaria o corte para 30% , caso outros países industrializados estabelecessem metas dentro de um futuro tratado da ONU para evitar mais enchentes, secas e elevação do nível dos oceanos. Em março deste ano, sete países do bloco (incluindo Alemanha e Grã-Bretanha) defenderam que o bloco aprofunde a meta para 2020. A comissária da UE para Mudanças Climáticas, Connie Hedegaard, apresentou uma estratégia apontando um caminho de baixo custo para um corte de 25% até 2020.

*Publicado originalmente no EcoD.