Estudo sugere que o incentivo às refeições em família deve ser visto como algo positivo para a saúde de todos.
“Há poucas coisas que os pais podem fazer pela família, que sejam tão positivas para a saúde, como disponibilizar 20 minutos diários, algumas vezes durante a semana, para juntar todos os membros da família ao redor da mesa e fazer uma refeição”, diz Barbara Fiese, pesquisadora da Universidade de Illinois, cujo trabalho foi publicado no periódico Social Policy Report.
Alguns benefícios indicados pela pesquisadora são o fato de que, de acordo com as pesquisas realizadas pelo Centro para Resiliência Familiar (RFC), o qual dirige, crianças que fazem as refeições acompanhadas da família desenvolvem um maior vocabulário (pois têm a oportunidade de conversar com pessoas de outras idades e próximas), têm menos propensão à obesidade e transtornos alimentares, desenvolvem menos transtornos de comportamento e, em média, consomem mais frutas e vegetais que outras crianças.
Além disso, os pais também poderiam ter mais controle sobre os horários das refeições e limitar atividades paralelas à alimentação. “Outras pesquisas mostram que essa simultaneidade de atividades durante as refeições leva as pessoas, por diversos fatores, incluindo ansiedade, a consumir comidas ricas em açúcar e gordura, em vez de optar por comidas mais saudáveis.”
“Fazer refeições com a família vai além de compartilhar comida. Pode ajudar as pessoas a relaxarem, se comunicarem e se conhecerem melhor, diminuindo os conflitos”, diz a pesquisadora, que também pesquisa a importância das rotinas familiares para a promoção do bem-estar.
“As pessoas se esforçaram e aprenderam que usar cintos de segurança ou capacetes é importante para a proteção. Por que não pensar nas refeições em família como uma forma de melhorar a saúde de todos os membros da casa?”, questiona Fiese.
Com informações da Society for Research in Child Development.
* Publicado originalmente no site O que eu tenho.