Sempre mostro aqui como a tecnologia consegue reinventar as relações em uma cidade. Uma ideia começou, nesta semana, no Brasil, e, se der certo, as cidades terão uma convivência melhor e, ainda por cima, as pessoas vão economizar dinheiro. É um banco do tempo (veja aqui).

Funciona assim: alguém presta um serviço gratuitamente. Por exemplo, cuidar do filho do vizinho. Registra esse serviço nesse banco do tempo e ganha um crédito: assim, vai requisitar um atendimento odontológico do dentista que, por sua vez, tinha recebido a ajuda gratuita de um marceneiro.

Ou seja, é um escambo de serviços adaptado à era das redes sociais.

Muita gente aqui vai dizer que não funciona, que vai ter fraude. Com certa razão. Mas a boa cidade é aquela em que as pessoas sabem colaborar com seus talentos.

Temos de pensar grande se quisermos viver numa cidade civilizada.

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Por falar em tecnologia compartilhada, foi lançada nesta semana uma plataforma gratuita para que cada pessoa possa fazer, em poucos minutos, seu aplicativo ou site para celular (veja aqui). É uma boa ajuda aos pequenos comerciantes.

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Mais uma dica: Nuvem de Livros. Um banco de livros e de aulas acessível em celulares, com foco na formação de professores. No meses de agosto e setembro é gratuito, depois R$ 1,99 semanais. Mais uma dica de como a tecnologia consegue democratizar, com baixo custo, a educação (teste aqui).

* Gilberto Dimenstein é colunista e membro do Conselho Editorial da Folha de S.Paulo, comentarista da rádio CBN, e fundador da Associação Cidade Escola Aprendiz.

** Publicado originalmente no site Portal Aprendiz.