A Organização Internacional do Trabalho (OIT) lançou nessa segunda-feira (31/10) o Relatório sobre o Trabalho no Mundo 2011: Os mercados a serviço do emprego, que indica uma possível piora na recessão do mercado de trabalho global. O estudo aponta que a maioria das economias avançadas e algumas economias emergentes estão passando novamente por um momento de desaceleração do emprego, em meio a um cenário onde o desemprego mundial já registra um recorde, afetando mais de 200 milhões de pessoas.
Publicado às vésperas do encontro de líderes mundiais do chamado G-20, o documento faz também um alerta de que a estagnação econômica pode agravar as tensões sociais em todo o mundo. O relatório traça alguns dos principais motivos do agravamento da situação do mercado de trabalho. Em primeiro lugar, as empresas estariam encontrando maiores dificuldades para manter seus trabalhadores, enquanto os governos estariam menos dispostos a manter ou adotar programas de apoio ao emprego. Outro fator agravante é a falta de coordenação política em nível internacional, com os países atuando de forma isolada.
Além das análises, o relatório traz sugestões de medidas que poderiam ser adotadas para fortalecer o emprego. Ele indica, por exemplo, que em alguns países o aumento de 0,5% do PIB no investimento em políticas do mercado de trabalho poderia aumentar o emprego entre 0,4 e 0,8%. O documento incentiva também os governos a adotarem estratégias de recuperação integral baseadas na renda, para estimular os investimentos, e não mais se prender na crença de que a moderação nos salários leva à criação de empregos.
*publicado originalmente no site da ONU Brasil.