"Rio+20 pode ampliar capacidade do Brasil em inspirar", afirma chefe do Pnuma

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Achim Steiner também esteve reunido com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
Existe muita expectativa sobre o Brasil em relação à Rio+20, conferência de desenvolvimento sustentável que será realizada em 2012, no Rio de Janeiro (20 anos após a Rio-92). A opinião é de Achim Steiner, diretor executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), considerado um dos maiores especialistas do mundo em economia verde.

Steiner esteve no Brasil na terça-feira, 26 de abril, onde participou de audiência pública no Senado Federal, em Brasília, na qual foram discutidos temas como a importância da Rio+20, da Copa do Mundo de futebol (2014) e das Olimpíadas (2016) – todos megaeventos que serão realizados no país nos próximos anos. Na ocasião, o chefe do Pnuma comentou sobre a oportunidade de aproveitamento de tais eventos no sentido de promover transições internas na economia e em uma infraestrutura sustentável no país.

De acordo com Steiner, nos próximos 40 anos poderemos ter cerca de 9 bilhões de pessoas no planeta, e por isso as economias devem promover mais igualdade e garantir recursos naturais para as próximas gerações, pensando em questões como segurança alimentar, acesso à água e geração e eficiência energética.
Nós estamos agora aptos para influenciar todo o sistema climático por meio de nossas governanças, escolhas e planejamentos para o futuro, e temos que criar e influenciar novos ciclos, econômicos e sociais, que não deteriorem ainda mais o clima do planeta – Achim Steiner.

Nascido no Brasil e radicado na Alemanha, o diretor do Pnuma avaliou que, 20 anos após a organização da Rio-92, todo o mundo ainda tem entraves que foram provocados pelo domínio econômico e político, e que por isso os avanços ambientais não foram tão significativos. “A economia verde prevê eficiência e sustentabilidade nas iniciativas, e a legislação de cada nação pode contribuir muito para isso”.

O diretor do Departamento de Meio Ambiente do Itamaraty, ministro Luiz Alberto Figueiredo, ressaltou que a Rio+20 é uma conferência sobre desenvolvimento, e não apenas de caráter ambiental, que vai tratar de temas como economia verde no contexto da sustentabilidade, erradicação da pobreza e governança para um avanço econômico sustentável.

Por sua vez, o senador Rodrigo Rollemberg, presidente da Comissão de Meio Ambiente e Defesa do Consumidor do Senado, observou que a Rio+20 exige novos comportamentos dos países diante dos desafios climáticos. “Temos que ter a noção de que a sustentabildiade não é apenas o uso adequado dos recursos e o progresso, mas o equilíbrio harmônico entre pilares que vão permitir o desenvolvimento em longo prazo”.

Para o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Francisco Gaetani, a política ambiental do país está sendo consolidada por uma estratégia rumo à economia verde. “O Brasil é hoje uma potência ambiental, com destaque em biodiversidade, potencial alternativo para geração de energia, produção de alimentos e reservas de águas naturais. Estas características nos atribuem novas responsabilidades rumo a uma economia verde, que prevê o desenvolvimento em moldes sustentáveis, de forma a garantir recursos naturais para as futuras gerações”, concluiu.

Assista ao vídeo com a mensagem (em português) de Achim Steiner sobre a Rio+20:

[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=KTpXglvSId0&feature=player_embedded[/youtube]

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Com informações do MMA

* Publicado originalmente no site EcoD.