ABU DHABI, 23 de novembro (WAM) – A detonação durante uma oração em uma mesquita na cidade nigeriana de Mobi, que deixou dezenas de pessoas mortas ou feridas, é um ato horrível que ressalta a necessidade de o mundo se unir contra flagelo do terrorismo, recordou um jornal dos Emirados Árabes Unidos.
“O fato de que um homem-bomba suicida detonou explosivos entre os fiéis muçulmanos mostra o rosto horrível do grupo terrorista Boko Haram, que cada vez mais usa adolescentes ou jovens como atacantes, muitos dos quais foram vítimas de sequestro”, lembrou na quinta-feira 23 um editorial no jornal emirati The Gulf Today.
O ataque na terça-feira 21 foi o maior desde que dois adolescentes suicidas mataram 56 pessoas e feriram dezenas mais no mercado de Adamawa em dezembro de 2016.
É o primeiro ataque em Mobi, uma vez que as forças armadas recuperaram o controle da cidade, expulsando Boko Haram em 2014.
O exército nigeriano conseguiu, nos últimos meses, expulsar esse grupo de seu bastião da selva, mas ainda está vivo e ativo e é motivo de preocupação. Além disso, continua a atacar civis e militares.
Com o ataque na terça-feira, o número de mortos em 2017 atingiu pelo menos 278, de acordo com cálculos da agência de notícias Reuters.
Chamando o ataque “muito cruel”, o presidente Muhammadu Buhari, que assumiu o cargo em 2015 com a promessa de acabar com a insurgência Boko Haram, de oito anos, prometeu agir. É imperativo que os responsáveis sejam levados à justiça.
“O resto do mundo também deveria estender sua ajuda à Nigéria para combater o terrorismo e o extremismo violento”, concluiu o jornal com sede em Sharjah. (Envolverde)