Síria vive escassez de remédios, alerta OMS

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse nessa terça-feira (7) ter sido notificada sobre uma enorme escassez de medicamentos e produtos farmacêuticos na Síria. “A escalada recente das lutas resultou em danos substanciais para as indústrias farmacêuticas localizadas na zona rural de Aleppo, Homs e Damasco, onde estão 90% dessas indústrias“, disse o porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic, a jornalistas em Genebra. “Muitas dessas instalações acabaram fechando, resultando em uma escassez crítica de medicamentos.”

Antes da violência, a Síria produzia 90% de seus remédios e drogas localmente. Entre os remédios mais urgentemente necessitados estão drogas para tratar tuberculose, hepatite, hipertensão, diabetes e câncer, assim como hemodiálise para doenças renais. Reagentes químicos para testes de triagem de sangue também são urgentemente necessários para garantir a segurança e a qualidade do sangue usado em casos cirúrgicos e de trauma.

“O setor de saúde foi pesadamente afetado nas áreas de conflito e centros de saúde foram fechados, danificados ou controlados pelas partes envolvidas no conflito”, Jasarevic disse. “Instalações públicas de saúde estão frequentemente inacessíveis devido à violência em andamento e à falta de transporte público”. Segundo a OMS, o maior desafio continua a ser o de alcançar as pessoas em necessidade.

“Isso (inclui) prover ambulâncias, renovar e equipar clínicas móveis de saúde, e fornecer medicamentos e suprimentos médicos para 700 mil pessoas”, Jasarevic disse, observando que o Ministério da Saúde havia informado ter perdido 200 ambulâncias ao longo das últimas semanas.

Para garantir o acesso a serviços essenciais de saúde – incluindo serviços médicos de salvamento e cirúrgicos em áreas direta e indiretamente afetadas – a OMS e seus parceiros do setor da saúde estão apoiando a gestão de trauma em centros de cuidados primários de saúde e hospitais.

* Publicado originalmente no site ONU Brasil.