Antonio Oliveira, presidente da Duratex, e Paulo Pompilio, diretor do Pão de Açúcar, concordam que a questão é inalienável para toda a indústria.
Empresários das empresas Braskem, Duratex e Grupo Pão de Açúcar estiveram presentes na última edição do evento Diálogos Capitais – Inovação e Sustentabilidade, realizado pela CartaCapital e pelo Instituto Envolverde, na última terça-feira, 21, em São Paulo, e foram unânimes em classificar a sustentabilidade como diferencial competitivo imprescindível para a perenidade das companhias que conduzem, assim como para o restante do mercado.
A proposta da discussão era entender que papel as grandes empresas devem assumir para estimular a economia sustentável no Brasil, dado que servem de modelo operacional para as demais e “civilizam” o mercado.
Na opinião do diretor de desenvolvimento sustentável da Braskem, Jorge Soto, as empresas têm a obrigação de identificar caminhos e soluções verdes para os próprios negócios por uma questão de aprimoramento interno. Para o diretor, cada empreendimento deve investir em tecnologia e informação para ampliar com clareza a missão do grupo empresarial sob ótica sustentável. “Assumir um compromisso público ajuda inclusive na imagem, mas também melhora o desempenho da Braskem.”
Antonio Joaquim de Oliveira, presidente da Duratex, afirma que a extensão de impacto das empresas tem cadeia de influência enorme na sociedade, tanto para o lado positivo quanto para o lado negativo. “Ser mais sustentável tornou-se questão inalienável para os diversos setores da indústria.”
Fundada em 1948, a cadeia de mercados Pão de Açúcar possui aproximadamente 12 mil fornecedores e recebe cerca de 750 milhões de clientes por ano. Conforme informações do diretor do grupo Pão de Açúcar, Paulo Pompilio, nos últimos seis anos as lojas da cadeia têm sistematicamente se tornando verdes.
A rede desenvolveu padrões de emissão de carbono, reutilização de água, tratamento de esgoto e resíduos, material reciclado, diminuição de ruídos, entre outros itens. “Sustentabilidade é necessidade pura, e está relacionada com a vida útil da companhia”, comentou Pompilio ao acrescentar que o Pão de Açúcar conta com uma empresa inteiramente dedicada a pensar soluções de eficiência energética para o grupo.
* Publicado originalmente no site Carta Capital.