Teco Sodré revela chave para negócios inovadores em TI
No painel Momento Next, voltado para negócios do futuro, especialista explica como transformar ideias em empresas bem sucedidas.
No painel Momento Next, voltado para negócios do futuro, especialista explica como transformar ideias em empresas bem sucedidas.
Com mais de 20 anos de experiência em empreendedorismo digital e com oito empresas ativas no setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), Fernando Teco Sodré falou a uma atenta plateia na tarde do dia 24 de setembro, no espaço Noroeste da Conferência Ethos 360°, no World Trade Center.
O empreendedor em série, como gosta de se definir, defendeu como melhor estratégia a interação. “Aprendemos com os outros; no contato com quem está vivo. É no embate que avançamos”, provocou logo no início. Teco explicou que adora ter sócios, pois é preciso se cercar de quem sabe o que se desconhece.
“A ignorância não é ruim. O importante é diferenciá-la de risco e incerteza. Risco se administra, ignorância se complementa e incerteza traz os maiores perigos”, alerta o profissional que já faliu duas vezes. “Falir em si não é o problema. O deprimente é falir sozinho, pois dessa forma, não se consegue aprender por que o fato ocorreu e não se tira proveito da experiência”.
No seu caso, após iniciar 14 empreendimentos em dez anos, ele revela como cuidado- chave monitorar quando um risco vira incerteza. Além disso, é preciso saber para qual tipo de mercado se está apto a empreender.
Na sua visão, empreender não é abrir e tocar qualquer negócio. É consolidar uma iniciativa que deixa o cliente satisfeito, gera empregos e devolve benefícios à sociedade na forma de impostos. “Você pode não estar satisfeito com a forma com que o governo usa os recursos recolhidos. Mas você fez sua parte”.
Quanto à sustentabilidade, ela deve nortear o planejamento e toda a operação e não ser apenas um setor isolado no empreendimento. Para quem tem interesse em investir no campo da TIC, ele aconselha focar em iniciativas com potencial social, em plataforma móvel e 100% conectada.
“A mídia permite tirar a ansiedade do contato com o desconhecido. Hoje em dia, no olho a olho, duvidamos. A tecnologia nos dá referências sobre serviços e produtos”, explicou, citando aplicativos para chamar táxis, como exemplo. “Pelo APP, sabemos a placa do carro, a empresa e recomendações. É diferente de parar qualquer carro na rua e entrar”.
Tempo disponível é essencial para criar e a inovação surge em geral na periferia, procurando atender o centro. “Recomendo capturar inovações ainda imaturas e transformá-las em oportunidades de negócios”. Ele vê um grande potencial nas redes sociais online para ampliar o envolvimento dos usuários com marcas.
Algumas empresas já o perceberam e há bons cases a ser estudados, executados por companhias como Fiat, Bradesco, Ambev, Faber-Castell, Vale e Petrobras, entre outras.
* Neuza Árbocz é repórter da Envolverde, especial para o Instituto Ethos.
** Publicado originalmente no site Conferência Ethos 360°.




