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Teia de aranha sintética

Pesquisadores da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, em Brasília, desenvolveram uma teia de aranha sintética. A pesquisa da Embrapa começou em 2003 com prospecções na Amazônia, na Mata Atlântica e no Cerrado de aranhas que produzem fibras e o mapeamento genético das glândulas que produzem as proteínas que vão dar origem à seda da teia. A criação em laboratório das proteínas da aranha é feita pela bactéria Escherichia coli. Os cientistas relatam ter feito com 100 microlitros, que é a décima parte de um mililitro, um fio de mais de 10 metros. Os fios são também mais espessos que os naturais, com em torno de 40 nanômetros, enquanto dos naturais variam de 2 a 4 nanômetros. O material tem flexibilidade e resistência, além de ser biodegradável, podendo ser usado na produção de tecidos, em fios para sutura, para quem tem alergia ao nylon, por exemplo, e também em nanopartículas para o endereçamento preciso de drogas e medicamentos no corpo humano. Segundo os pesquisadores a tecnologia da produção de fios de teias de aranha já está dominada. O próximo passo é definir um meio econômico, rápido e seguro para a sua produção em larga escala. (Envolverde)