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Toneladas de lixo reciclado

A sede da Cimelia Reciclagem no Brasil, localizada em Campinas, interior de São Paulo, registrou 20% de aumento no recebimento de lixo eletrônico no mês de junho. Foram 240 toneladas de resíduos eletrônicos, conhecidos também como e-lixo, que foram colocados em containers e enviados para a matriz da empresa, em Cingapura, onde passarão por um processo de refinagem de 17 metais diferentes: ferrosos, não ferrosos, preciosos e raros extraídos dos resíduos, entre eles platina, prata, cobre e ouro. “O número elevado de recolhimento deve-se aos fechamentos e balanços financeiros que as empresas realizam neste período do ano. É o momento de descarte e de renovação também”, explica a diretora executiva da empresa no Brasil, Ana Cláudia Drugovich. Em Campinas, acontece o primeiro passo do processo de reciclagem da Cimelia: serviços de separação, prévia descaracterização dos equipamentos, laudos de destruição e garantia de que os equipamentos não serão reutilizados, aterrados ou incinerados de maneira inadequada e, principalmente, não haverá a reutilização de partes e componentes no mercado paralelo. Entre 60 e 90% dos chamados lixos eletrônicos são comercializados ilegalmente ou descartados no lixo comum, no valor de quase US$ 19 bilhões, de acordo com um relatório divulgado o ano passado pelo Programa Ambiental das Nações Unidas (UNEP). O que pouca gente sabe é que as mesmas mãos que produzem e consomem uma maravilha tecnológica é a mesma que pode reciclá-las e, melhor, sem agredir o meio ambiente. (#Envolverde)