A Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (APOINME) promove a campanha Salve o rio São Francisco e seus povos!
Nesta semana, representantes das populações indígenas participam, em Brasília, do Acampamento Terra Livre 2011, onde denunciam os impactos dos grandes projetos desenvolvimentistas em seus territórios.
O Rio Opará (Rio-mar para os povos indígenas), conhecido como rio São Francisco, é fonte de alimento e renda para povos indígenas, comunidades quilombolas e pescadores tradicionais. No entanto, o avanço de grandes empreendimentos como usinas hidrelétricas e o projeto de transposição do rio têm causado graves danos ao meio ambiente, além de violências contra populações tradicionais.
Em uma petição, que será enviada ao Supremo Tribunal Federal, os povos reivindicam a realização urgente de uma audiência pública no STF sobre o projeto de transposição, questionado em diversas ações judiciais. Além do encontro, eles pedem o julgamento imediato das ações.
“Nós, 33 povos indígenas do Nordeste impactados com o projeto de transposição das águas do Rio Opará (Rio-Mar), conhecido como rio São Francisco, queremos ver respeitados nossos direitos e garantir a plenitude de nossos territórios e de nosso Rio, Pai e Mãe da Nação Indígena. Não desistimos de lutar por sua revitalização e contra a transposição”, afirmam no texto.
A petição pode ser assinada por meio do endereço http://www.apoinme.org.br/index.phpoption=com_jforms&view=form&id=3&Itemid=93. No mesmo site é possível acessar o relatório de denúncias sobre os impactos da transposição sobre povos indígenas.
*Publicado originalmente no Brasil de Fato.