“Bicidade”, desenvolvido e premiado em S.Paulo, ajuda a encontrar rotas amigáveis e integrar pedaladas à vida social. “É minha forma de ajudar a transformar cidade”, diz desenvolvedor
O aplicativo Bicidade promete oferecer rotas mais seguras e trajetos mais adequados para os ciclistas na cidade de São Paulo. Segundo lugar na Hackatona da CET, evento em que programadores, pesquisadores e outros interessados se dedicam ao desenvolvimento de softwares, o Bicidade pode ser baixado gratuitamente para celulares que utilizam o sistema Android.
De acordo com Tiago Barufi, engenheiro que desenvolveu o aplicativo, existem planos para que também esteja disponível para iPhone. “Eu gosto de ajudar as pessoas a aprenderem a pedalar. É algo que consigo fazer: compartilho meu conhecimento, descubro problemas novos. É minha forma de participar da transformação que gostaria de ver na cidade. É minha maneira de evoluir, porque foi muito difícil começar sozinho. Não quero que as pessoas desistam”, afirma.
Barufi, que é ciclista, conta que para criar o Bicidade se inspirou em alguns aplicativos conhecidos, como o Strava e outros utilizados para carros. “O Waze serve para achar caminhos com o carro. É interessante porque, dentro dos critérios do Waze, achar o melhor caminho significa achar caminho livre de outros carros e com velocidade maior. Com bicicleta, o critério se modifica e o melhor caminho geralmente é aquele mais frequentado. Bicicleta é uma ferramenta para reunir as pessoas e a cidade, e na verdade conheci muita gente pedalando e fazendo caminhos parecidos. Então, se tivermos uma ferramenta que encontre caminhos bons para bicicleta, vamos requalificar a cidade em termos de lugares bons para encontrar pessoas”, diz o engenheiro.
O aplicativo, que ainda está em desenvolvimento, pretende oferecer outras funcionalidades além das rotas. “Tenho experimentado alguns aplicativos para bicicleta, principalmente o Strava, que também mostra a qualificação das subidas, mas vejo um lado competitivo que não considero interessante do ponto de vista do transporte. Eu gosto de medir a minha performance e poder comparar caminhos em relação a esforço. Acho que falta ainda qualificar o caminho em termos de interesse: seria ótimo saber qual rota passa por lugares bons para almoçar, por exemplo”, conclui Barufi.
* Publicado originalmente no Vadebike e retirado do site Outras Palavras.
