Um modo barato de imprimir dispositivos eletrônicos
Pesquisadores da Universidade de Warwick imprimem circuitos eletrônicos com um novo material composto de fuligem e poliéster A marcha incessante da impressão 3D continua. O que começou como um modo de fazer protótipos mediante o depósito de camadas, semelhante às impressoras jato de tinta, está se tornando uma técnica industrial real.
Pesquisadores da Universidade de Warwick imprimem circuitos eletrônicos com um novo material composto de fuligem e poliéster
A marcha incessante da impressão 3D continua. O que começou como um modo de fazer protótipos mediante o depósito de camadas, semelhante às impressoras jato de tinta, está se tornando uma técnica industrial real. As novas impressoras também são populares entre inventores amadores de coisas em escala pequena.
Uma coisa que esses inventores de fundo de quintal adorariam fazer seria reproduzir a habilidade recém-desenvolvida de imprimir circuitos eletrônicos com máquinas sofisticadas e dispendiosas. Agora, um novo projeto liderado por Simon Leigh e seus colegas na Universidade de Warwick, na Grã-Bretanha, cujos resultados acabam de ser publicados no periódico Public Library of Science, podem permitir que eles façam justamente isso.
A impressão 3D de circuitos elétricos em escala industrial ainda está em uma fase experimental. Tal técnica usa “tintas” exóticas baseadas em nanotubos de prata e carbono. Leigh conseguiu produzir algo similar com uma impressora caseira e tinta feita de fuligem e poliéster.
Carbomorph
A fuligem é produzida a partir da combustão incompleta de produtos de petróleo pesado, tal como betume. O resultado dessa reação, no entanto, é eletricamente condutivo. Ao adicionar grânulos de poliéster, Leigh criou a versão crua de um material que ele chama de carbomorph. A versão cozida é o que é liberada por sua impressora, um máquina comercialmente disponível do tipo que é adorado pelos inventores amadores.
Este tipo particular de impressora 3D atua liberando um filamento fino e fundido de material a partir de um bocal aquecido, a fim de montar o objeto desejado. O carbomorph, graças a seu componente de poliéster que derrete ao ser aquecido, é um novo material adequado para esse processo.
* Publicado originalmente no site da The Economist e retirado do site Opinião e Notícia.




