Ambiente

Coalizão de 27 organizações pede que Brasil apoie inclusão de bem-estar animal como política essencial no programa de meio ambiente da ONU

Grupo enviou carta ao Ministério do Meio Ambiente pedindo que o país vote a favor de resolução em assembleia internacional entre 28 de fevereiro e 2 de março

Vinte e sete organizações da sociedade civil, que juntas representam mais de 1 milhão de membros e apoiadores no Brasil, enviaram uma carta ao Ministério do Meio Ambiente pedindo apoio à resolução Займ на карту онлайн. que introduz o bem-estar animal como preocupação política essencial no Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

O tema será discutido na 5ª Assembléia das Nações Unidas para o Meio Ambiente, entre 28 de fevereiro e 2 de março, de forma online e em Nairobi, no Quênia. Ele foi submetido inicialmente à ONU por Gana, Senegal, Burkina Faso, Etiópia, República Democrática do Congo, Paquistão e Sudão do Sul. Para ser validada, a resolução sobre o nexo entre bem-estar animal, meio ambiente e desenvolvimento sustentável precisa do aval da maioria dos 193 países-membros.

“Há crescentes evidências que demonstram que a melhoria do bem-estar animal pode ajudar a prevenir futuras pandemias, promover a conservação e proteção ambiental e ajudar a preservar meios de subsistência ​​- além de ser uma importante preocupação de cidadãos no Brasil e ao redor do mundo”, cita a carta.

O pedido ao governo brasileiro é endossado por representantes de 350.org, Alianima, AMPARA Animal, Mercy For Animals Brasil, Clima de Eleição, Conscient – Laboratório de Estudos em Consumo Sustentável, Delibera Brasil, Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, Greenpeace Brasil, Humane Society International, ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade, Instituto Akatu, Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC), Instituto Comida do Amanhã, Instituto Luisa Mell de Assistência aos Animais e Meio Ambiente, Instituto Sea Shepherd Brasil, Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN), Ame o Tucunduba, Observatório de Justiça e Conservação, Princípio Animal, Proteção Animal Mundial (World Animal Protection), Santuário Vale da Rainha Resgate a Conscientização, SCORAI Brazil (Iniciativa de Pesquisa e Ação em Consumo e Produção Sustentáveis), Sinergia Animal, Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), The Climate Reality Project Brasil e The Good Food Institute Brasil.

A aprovação da resolução significa o comprometimento dos países em proteger os animais e seus habitats, além de cumprir requisitos de bem-estar animal. Outro pedido é que o PNUMA faça um estudo sobre a conexão entre bem-estar animal, meio ambiente e desenvolvimento sustentável.

Entre os principais motivos para a aprovação, estão deter a perda da biodiversidade, restaurar ecossistemas, mitigar as mudanças climáticas, prevenir a poluição, reduzir o risco de novas doenças zoonóticas infecciosas, promover a transição para sistemas alimentares sustentáveis e agroecológicos e alcançar o desenvolvimento sustentável.

“A resolução reconhece a necessidade de ação imediata e concreta para proteger os animais, a saúde humana e o meio ambiente. Também oferece à comunidade global uma oportunidade de avanços significativos para o bem-estar animal e que também ajudará a endereçar a degradação ambiental causada pela agropecuária e pela pesca industriais”, afirma Cristina Mendonça, diretora executiva da Mercy For Animals no Brasil, uma das signatárias da carta.

Pesquisa do instituto Datafolha, encomendada pela ONG Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal e divulgada em dezembro de 2021, mostra que 9 em cada 10 brasileiros se preocupam com a forma como os animais são tratados na indústria.

A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, adotada pela Assembleia Geral da ONU em 2015, vislumbra um mundo onde a “humanidade vive em harmonia com a natureza e em que a vida selvagem e outras espécies vivas são protegidas”. “Entretanto, as ações dedicadas para proteger os animais e seu bem-estar nas políticas da ONU têm sido insuficientes até o momento, com consequências devastadoras à saúde pública e ambiental do planeta, como a perda de biodiversidade, as mudanças climáticas e a poluição “, observa Cristina.

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