Empresas

ENGIE Brasil comemora primeira emissão de créditos de carbono da usina hidrelétrica Jirau

Por Redação da Envolverde*

A Organização das Nações Unidas (ONU) comunicou a primeira emissão de 1,7 milhões de créditos de carbono gerados pela usina hidrelétrica Jirau (40% ENGIE) durante o período de comissionamento entre julho de 2014 e fevereiro de 2015. Esta primeira emissão confirma a eficiência de Jirau como o maior investimento em descarbonização e geração de energia renovável já certificado pela ONU. Quando a usina estiver totalmente operacional, no final de 2016, cerca de 6 milhões de Reduções Certificadas de Emissões serão geradas a cada ano, o suficiente para compensar as emissões de Gases do Efeito Estufa da totalidade dos voos internacionais do transporte aéreo brasileiro.

A primeira emissão conclui um ciclo iniciado em 2008, juntamente com o Protocolo de Kyoto, ocasião em que Jirau foi concebido como projeto apoiado pelo Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) no contexto da Política Nacional sobre Mudança do Clima Brasileira. Quatro anos depois, em 2012, Jirau foi registrado junto à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC) e logo em seguida comissionou a primeira de 50 turbinas, uma sequência que será concluída até o final de 2016. Durante esse período, o Protocolo de Kyoto foi substituído pelo Acordo de Paris e a experiência de Jirau agora contribui para o debate sobre o desenho de novos mecanismos de mercado, estabelecidos pelo Artigo 6 do acordo, conforme explica Philipp Hauser, Vice-Presidente de Mercados de Carbono da ENGIE Brasil:

“O Brasil, juntamente com a União Europeia, trabalha ativamente para desenhar o mecanismo sucessor do MDL. Considerando que Jirau foi construída com base na sinergia das políticas de mudanças climáticas tanto domésticas quanto internacionais, o projeto exemplifica como países podem cooperar na realização de projetos de escala transformacional. Além disso, a avaliação segundo o Protocolo de Sustentabilidade de Hidrelétricas atende à demanda de demostrar benefícios sociais e ambientais de forma independente. Estes aspectos são fundamentais na concepção dos mecanismos do mercado de carbono conforme estabelecido pelo Acordo de Paris”.

Nesse ínterim, o Brasil discute a sua própria política de precificação de carbono e ativamente promove o MDL para mercados voluntários e para uso pela indústria internacional de aviação civil, que demandará cerca de 200 milhões de créditos de carbono por ano para atender ao seu compromisso de crescimento neutro em emissões de carbono a partir de 2020.

“Apoiamos os esforços do governo brasileiro de usar o MDL como base do desenvolvimento de mecanismos mais abrangentes de precificação de carbono. A doação de 70.000 créditos de carbono gerados pelo projeto MDL de Jirau para contribuir com os Jogos Limpos 2016 simboliza nosso apoio ao uso de mecanismos de compensação para promover a sustentabilidade de eventos e da economia como todo”, afirmou Maurício Bähr, Presidente da ENGIE Brasil.

Como reconhecimento dessa doação, a Energia Sustentável do Brasil (SPE responsável pelo projeto) e seus sócios ENGIE, Mitsui, Eletrosul e Chesf ENGIE foram premiados com o selo de sustentabilidade “Jogos Limpos”. Assim a hidrelétrica de Jirau ilumina 10 milhões de domicílios brasileiros com energia renovável e ainda garante os Jogos Limpos 2016.

Os créditos foram certificados pela TÜV Nord em conformidade com a metodologia das Nações Unidas. O volume de emissões de CO2 evitadas é calculado com base na redução do consumo de combustíveis fósseis que resultou da substituição da geração termoelétrica pela eletricidade renovável do projeto. Durante o período certificado, essa substituição foi expressiva devido à crise energética do Brasil, que aumentou a demanda pelo despacho energético de combustível fóssil, o que teria sido ainda maior sem a energia gerada pela hidrelétrica de Jirau.

Mais informações estão disponíveis neste link.

(#Envolverde)

* Com informações da ENGIE Brasil.