Estudo do CEBDS sobre Impacto Social traz dezenas de cases, avalia quatro setores e mostra como profissionais de responsabilidade socioambiental e sustentabilidade de mais de 40 grandes empresas fazem para acompanhar as consequências sociais de suas operações.
São Paulo, 11 de julho de 2016 – O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) – acaba de lançar um novo estudo sobre o impacto social das empresas nas sociedades onde estão inseridas. O estudo – que foi patrocinado pela Abril, Itaú, Bradesco, Braskem, Santander, Alcoa, Shell, Votorantim Cimentos e apoiadopor Konrad Adenauer Stiftung – já está disponível para download aqui.
O estudo ajudará empresários, executivos e gestores a enxergarem de forma mais clara os desdobramentos da atuação das companhias e sua repercussão na vida social. Avalia quatro setores – indústria de base e extrativa; bens de consumo; serviços; finanças e seguros – além de trazer indicadores e diversos cases, dando, assim, às empresas um quadro real de como estão impactando comunidades e municípios, quem estão beneficiando e como podem melhorar suas práticas e mitigar os impactos negativos.
“O CEBDS trabalha com 70 grandes grupos empresariais e o nosso tema é sustentabilidade e seus desafios. E não tem desafio maior do que os impactos sociais. Então, essa publicação aponta caminhos para as empresas começarem a mensurar e avaliar melhor tais impactos e incluir esses dados na gestão e no planejamento do negócio. Foi nesse espírito que esse trabalho foi desenvolvido”, comentou Marina Grossi, presidente do CEBDS, durante lançamento do estudo, na Fiesp, em São Paulo.
Bens de consumo – um dos setores mais avançado no acompanhamento de indicadores de impacto social
O estudo revela, por exemplo, que o setor de bens de consumo é um dos mais avançados no acompanhamento de indicadores de impacto social e na adesão a padrões internacionais de conduta socioambiental. Empresas desse setor vêm usando diversas certificações para estimular a produtividade e a qualidade de seus fornecedores, resultando em aumento de rendas dos pequenos produtores, com intuito de reduzir riscos sociais sistêmicos e gerar valor compartilhado em grande escala.
Já no varejo, em especial na indústria de vestuário, o foco na melhoria do ambiente de trabalho e dos salários na cadeia de fornecimento resultou na redução dos conflitos trabalhistas e, junto à sociedade civil, pressionou governos a que aprimorassem seus instrumentos de fiscalização e controle.
Case Votorantim Cimentos
Entre as dezenas de cases que o estudo apresenta, está o da Votorantim Cimentos. Líder brasileira do setor de materiais de construção, a companhia escolheu sua operação localizada no município de Primavera, no Pará, para realizar um estudo detalhado do retorno do montante de investimento social realizado na cidade. A partir da observação de indicadores de causa e efeito e da aplicação de metodologias de Retorno Social do Investimento (Social Return On Investment – SROI) adaptadas ao seu contexto, a empresa concluiu que para cada R$ 1 investido em Primavera houve o retorno de R$ 4,54 relacionados a fatores como custos evitados (priorização de contratações locais e paralisações evitadas), economia de despesas financeiras, tributárias e o valor adicionado à sociedade e à própria empresa.
O evento de lançamento da publicação que aconteceu nesta quarta (6 de julho), na Fiesp, em São Paulo, contou com a participação de Marina Grossi; Alberto Ogata, diretor adjunto do Comitê de Responsabilidade Social da Fiesp; Fabio Abdala, presidente da câmara temática de Impacto Social do CEBDS e gerente de sustentabilidade da Alcoa; Mariana Marques, vice-presidente da câmara temática de Impacto Social do CEBDS e Head of Global Socioecoefficiency and Corporate Social Responsibility da Votorantim Cimentos; Luan Santos, coordenador da câmara temática de Impacto Social do CEBDS; Meron Petro Zajac, diretor executivo da Cetesb; Livia Pagoto, gestora de Projetos do Centro de Estudos em Sustentabilidade (GVces); Eric Shayer, especialista ambiental do IFC; e Fabrízio Rigout, sócio da Plan Políticas Públicas.
Sobre o CEBDS
Fundado em 1997 por um grupo de grandes empresários brasileiros atentos ao tema da sustentabilidade, o CEBDS é uma associação civil sem fins lucrativos que promove o desenvolvimento sustentável nas empresas que atuam no Brasil por meio da articulação junto aos governos e a sociedade. Reúne entre seus associados mais de 70 dos maiores grupos empresariais do país, com faturamento de cerca de 40% do PIB e responsáveis por mais de 1 milhão de empregos diretos. É representante no Brasil da rede do World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), que conta com quase 60 conselhos nacionais e regionais em 36 países e de 22 setores industriais, além de 200 grupos empresariais que atuam em todos os continentes. Para mais informações, acesse www.cebds.org