Ambiente

Programa socioambiental da Itaipu e parceiros da BP3 realiza 13º encontro em Foz

Fotos: Divulgação/ CBA
Fotos: Divulgação/ CBA

Com presença maciça, CAB comemora um ano de reconhecimento mundial

Por Elisa Homem de Mello*

O pontapé inicial no 13º Encontro Cultivando Água Boa (CAB), realizado entre os dias 17 e 18 de março de 2016, em Foz do Iguaçu/PR, contou com a participação do Coral Grupo Musical Programa de Iniciação e Incentivo ao Trabalho (PIIT), seguido por discurso de boas vindas de Nelton Friedrich, Diretor de Coordenação e Meio Ambiente da Itaipu Binacional.

Estiveram presentes representantes da Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Paraguai, Peru, Republica Dominicana e Uruguai, além dos Estados brasileiros do Distrito Federal, Mato Grosso, Minas Gerais e Paraná. O 13º Encontro do CAB celebrou um ano da conquista do prêmio ONU Água – “Década da Água”, totalizando cerca de 10 mil pessoas envolvidas entre o pré evento* e o evento.

“Tivemos a oportunidade histórica, neste encontro, de receber países e Estados que já estão replicando o CAB e também de países que querem construir uma cooperação, como a Costa Rica – o que não estava previsto na programação. Considero essa presença internacional muito importante”, afirmou Nelton.

O Programa Cultivando Água Boa foi implantado em 2003 e abrange 20 programas e 65 projetos desenvolvidos no território da Bacia Hidrográfica do Rio Paraná 3 (BP3), região que engloba 29 municípios da área de influência do lado brasileiro da Itaipu Binacional, com uma aérea total de 8 mil km2 e mais de 1 milhão de habitantes.

De acordo com Jorge Miguel Samek, Diretor Geral Brasileiro da Itaipu, “o programa é um exemplo para o mundo, e por isso conquistador de um prêmio de suma importância”. Dentro do Brasil, além de já servir de modelo para as melhorias programadas para a Reserva da Cantareira, em São Paulo, o CAB deverá servir como referência para a recuperação da Bacia do Rio Doce, em Minas Gerais.

“Não herdamos água de nossos pais. Nós a tomamos emprestada de nossos filhos e temos por obrigação devolvê-la em condições melhores das que tomamos”, afirmou Samek.

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O 13º Encontro CAB contou com Oficinas Temáticas, que já no primeiro dia de evento teve as salas praticamente lotadas. Os temas abordados foram, entre outros, o de Cidades Sustentáveis e Eficiência Energética, Plantas Medicinais, Gestão de Bacias Hidrográficas, Educação Ambiental e Desenvolvimento Rural Sustentável.

No segundo dia de evento, a Mesa Redonda “Sustentabilidade Territorial: inclusão social produtiva e cultura de sustentabilidade” contou com as palestras da coordenadora do União Planetária, Regina Fittipaldi e do teólogo e filósofo Leonardo Boff.  Aplaudido pelo público de pé, Boff, falou sobre a Encíclica Laudato Sido Papa Francisco: “Trata-se de um verdadeiro manual de ecologia integrada, ecologia ambiental, social, cultural e espiritual. Ela legítima e reforça os fundamentos do Cultivando Água Boa e de tudo o que o programa vem fazendo”, afirmou Boff, a quem Nelton Friedrich deu o título de “Padrinho do CAB”.

“A sustentabilidade nos ensina a amar o invisível, aquilo que deixaremos para nossos filhos e netos. A sustentabilidade territorial está embasada em dois pilares: o da geografia, ou seja, aquele que a própria natureza traçou, e o da comunidade, que vive neste espaço com suas culturas e tradições, as quais devem ser respeitadas, ouvidas e incluídas, afirmou Boff, quem confidenciou já ter sido chamado pelo Papa Francisco à Roma, cujo desejo é reverter todo o mal que a Santa Sé lhe causou.

* O pré evento foi formado por encontros, oficinas e visitas técnicas entre os países e os Estados, ocorridos desde o dia 14 de março.

Hidrelétrica de Itaipu

Líder mundial em produção de energia limpa e renovável, a Hidrelétrica de Itaipu conta com 20 unidades geradoras e 14 mil Kw de potencia instalada. Inaugurada em 1984, a Usina é responsável pela fonte de 15% de energia elétrica em todo o Brasil e 75% no Paraguai.

A Itaipu Binacional é uma entidade binacional pertencente à República Federativa do Brasil e à República do Paraguai. Desde o início de suas operações, a Itaipu já produziu mais de 2 bilhões Kw/h de energia.

Desde o início de 2016 até o momento, a Hidrelétrica de Itaipu produziu cerca de 22 milhões de kW/h em energia elétrica. Isto é 14% a mais que o mesmo período do ano passado. (#Envolverde)

* Elisa Homem de Mello é jornalista especializada em sustentabilidade hídrica e energética. Escreve voluntariamente para Envolverde.