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Estudo mostra que maioria das companhias abertas não divulga suas metas de sustentabilidade

Resultado de pesquisa da BR Rating em parceria com a Grant Thornton revela que apenas 2.5% das empresas divulgam metas de sustentabilidade

Pesquisa realizada pela BR Rating em parceria com a Grant Thornton mostra que, das companhias de capital aberto que divulgam relatórios anuais de sustentabilidade, 31% apresentam os temas materiais e, desse percentual, 8% informam as metas relacionadas ao tema, ou seja, apenas 2,5% do total.

Os principais temas materiais divulgados são: equidade de gênero; gestão de resíduos; emissão de gases de efeito estufa; e uso eficiente da água. Os temas materiais pouco divulgados nos relatórios de sustentabilidade são: saúde e segurança no trabalho; gestão de riscos; e uso eficiente de energia. “Definitivamente há uma clara necessidade de informar mais e melhor os temas, metas e resultados alcançados do ESG”, afirma Olavo Rodrigues, sócio fundador da BR Rating.

A divulgação do levantamento fez parte do encontro ESG on board promovido pela BR Rating e Grant Thornton, sob o título: Divulgação de informações ESG das Empresas de Capital Aberto — O que o mercado está reportando? O estudo não tem como objetivo avaliar a qualidade e o comprometimento das empresas com as práticas ESG e sim mostrar ao mercado, de forma clara e objetiva, se as empresas estão reportando seus temas materiais, metas e resultados das principais práticas de sustentabilidade.

Rodrigues explica ainda que o estudo também se baseou, além dos relatórios de sustentabilidade, nos relatórios da administração, demonstrações financeiras e formulários de referência. “Apenas 12% das empresas pesquisadas divulgam temas materiais ESG nos Relatórios da Administração, ressaltando que esse documento é elaborado pela direção executiva e aprovado pelo Conselho de Administração e pela assembleia de acionistas, ou seja, pelo sistema de governança das companhias”.

Fazendo um paralelo deste estudo com inúmeros artigos e análises publicados na mídia em geral nos últimos dois anos, Rodrigues conclui que há uma longa jornada a ser percorrida para divulgar, de forma padronizada, as boas práticas ambientais e sociais, integradas com a Governança Corporativa, sistema pelo qual as organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, visando preservar e otimizar o valor econômico de longo prazo.

“Acredito que a jornada para melhor divulgar os temas materiais, metas e resultados auditáveis do ESG está em constante evolução, mas precisa ser mais rápida em razão do dinamismo do mercado. As boas práticas deveriam ser mais velozes que Leis e Regulamentos”, avalia.

A BR Rating realiza a avaliação independente do grau de maturidade de ESG. A metodologia, desenvolvida em parceria com a PROWA, consultoria especializada em sustentabilidade, abrange a análise de 67 práticas, composta por diversos itens de práticas, agrupadas em 18 Temas, sendo 5 no Pilar Ambiental, 8 no Pilar Social e 5 no Pilar de Governança.

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