ODS 5

Sympla e Livre de Assédio criam cartilha de  prevenção e combate ao assédio em eventos

A cartilha reforça o conceito do que é assédio e aborda o problema social dentro do contexto dos eventos. Além disso, ela oferece direcionamento sobre como lidar com a questão em diversos níveis

Sympla e Livre de Assédio criam cartilha de  prevenção e combate ao assédio em eventos

Com dicas práticas para  ajudar o produtor de eventos a saber agir em casos de assédio e se adequar à nova legislação, material digital poderá ser baixado gratuitamente

Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 5 Igualdade de Gênero

Foi sancionada a Lei Federal 14.786/23, que estabelece o protocolo ‘Não é não’, visando prevenir o assédio e a violência contra a mulher em diversos ambientes, incluindo casas noturnas, boates, casas de espetáculos musicais e shows realizados em locais fechados. Diante desse cenário,  a Sympla, maior plataforma de eventos do Brasil, firmou uma parceria estratégica com a Livre de Assédio. Juntas, essas instituições se uniram com um propósito claro: orientar o ecossistema de eventos sobre como lidar com este tema, contribuindo para a redução de casos de assédio nesses ambientes. Para isso foi criada a cartilha “Seu evento em dia com o protocolo ‘Não é não’: como se preparar?“. A ideia é fornecer suporte aos organizadores de eventos para que possam se adequar à nova legislação, já que o material digital oferece orientações práticas de como planejar e preparar o evento para a aplicação dos protocolos exigidos em lei.

Informação e prevenção do assédio

O documento produzido pela Sympla e a Livre de Assédio, uma organização que apoia a prevenção ao assédio sexual e discriminação, representa um passo importante para conscientizar e capacitar os produtores a criar ambientes mais seguros para todos os participantes dos eventos. Dessa forma, a cartilha reforça o conceito do que é assédio e aborda o problema social dentro do contexto dos eventos. Além disso, ela oferece direcionamento sobre como lidar com a questão em diversos níveis, apresentando caminhos de prevenção e combate, bem como ações de acolhimento com pessoas preparadas para auxiliar as pessoas que sofreram alguma violação em seus direitos de cidadão.. 

Segundo Bruna Milet, CMO da Sympla, a cartilha visa ajudar a modificar as estatísticas, uma vez que, de acordo com a pesquisa “Viver em São Paulo: Mulher”, 63% das paulistanas já foram vítimas de algum tipo de assédio. “Entendemos que, por sermos a maior plataforma de eventos do Brasil, com presença em todo o país, temos a responsabilidade de ser uma influência positiva em nosso ecossistema. São mais de 336 mil produtores de eventos parceiros e a iniciativa vai além, pois o material estará disponível gratuitamente para todos os interessados.  Além de contribuir para a segurança das mulheres em eventos, a cartilha reforça o nosso compromisso de abastecer os produtores de eventos de informações e de conteúdo para que possam sempre produzir a melhor experiência possível.” Sobre a parceria, a executiva destaca: “A Livre de Assédio é referência no assunto e está imersa no setor de eventos, o que faz da organização a parceira ideal para a capacitação dos organizadores”.

Cuidado com a mulher em eventos

Ana Addobbati, fundadora da Livre de Assédio, destaca este ponto: “O que a gente quer enquanto Livre de Assédio, que é uma organização pioneira em levar protocolos de prevenção a assédio e discriminação em eventos, nessa parceria com a Sympla, é aproveitar esse momento da nova Lei Federal para fomentar a cultura de prevenção ao assédio e de cuidado com a mulher em eventos”, conclui Addobbati.

A relevância da nova lei torna-se ainda mais evidente quando consideramos o contexto brasileiro e os dados relacionados ao assédio e à violência de gênero: 

  • Mulheres negras foram as principais vítimas de importunação sexual em 2023 no Rio de Janeiro, segundo a Casa Fluminense;
  • 77% das mulheres brasileiras têm medo de se deslocar pelas cidades devido à violência de gênero, de acordo com o Instituto Patrícia Galvão;
  • Pesquisa “Viver em São Paulo: Mulher” aponta que 63% das paulistanas já sofreram algum tipo de assédio;
  • Adolescentes e mulheres inconscientes são as maiores vítimas de estupro no Carnaval de São Paulo;
  • 66% das mulheres já sofreram assédio em bares e baladas, segundo “Pesquisa Bares em Assédio”;
  • 89% das mulheres não denunciou o assédio em algum evento, por acharem que não seriam acolhidas, segundo “Pesquisa Bares em Assédio”.

Como acessar a cartilha:

O material será disponibilizado gratuitamente pela Sympla por meio deste link. Para acessar, as pessoas interessadas só precisam  preencher algumas informações, como nome e e-mail, para receber imediatamente em sua caixa de entrada.

Envolverde