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Instituto Alana e Sesc São Paulo convidam o público a refletir e encontrar caminhos para garantir mais natureza para as crianças 

Um meio ambiente ecologicamente equilibrado é essencial para a saúde e o bem-estar, desde a infância. Como implementar soluções urgentes para que crianças tenham direito à natureza a partir de agora? E como garantir os direitos da própria Natureza?

Evidências científicas demonstram que o convívio cotidiano com a natureza, desde a infância, previne e melhora o controle de doenças crônicas, como asma, diabetes, obesidade e até miopia, diminui o risco de dependência ao álcool e a outras drogas, favorece o desenvolvimento neuropsicomotor e ajuda a aliviar problemas como ansiedade, estresse e distúrbios de atenção. Além disso, proporciona bem-estar, equilibra os níveis de vitamina D e diminui significativamente o número de visitas ao pediatra. E o que é melhor: sem praticamente nenhum efeito colateral, a não ser arranhões eventuais e roupas sujas!

Diversos estudos apontam, também, que quanto antes e quanto maior for o vínculo de uma criança com a natureza, mais ela tenderá, na vida adulta, a se preocupar com ela e a protegê-la. Por isso, o contato entre crianças e adolescentes com a natureza é essencial para as infâncias e, também, para o planeta!

Com o Festival Criança e Natureza 2021, que acontece entre os dias 17 e 19 de agosto, online e gratuitamente, o Instituto Alana e o Sesc São Paulo, convidam o público a refletir e encontrar caminhos e soluções para garantir mais crianças na natureza e mais natureza para as crianças.

Como incorporar o acesso à natureza e aos espaços de lazer ao ar livre como fator determinante de saúde na infância e adolescência? Como avançar do “acessório” para o “essencial” e fortalecer a consciência e a ação sobre a interdependência da saúde do planeta e a saúde da espécie humana? Como desemparedar as crianças e construir escolas, bairros e cidades mais verdes, amigáveis e brincantes? Como garantir o acesso à natureza e os direitos da própria natureza?

Essas serão algumas das questões debatidas com convidadas como Taís Araújo, atriz, apresentadora e jornalista, defensora do Direito das Mulheres Negras da ONU; com a cantora e defensora dos movimentos negros, LGBTQIA+ e direitos das mulheres, Gaby Amarantos; com a chef de cozinha natural e apresentadora Bela Gil; com Catarina Lorenzo, de 14 anos, surfista e ativista global e Juliana Tozzi, engenheira e primeira montanhista cadeirante do Brasil, fundadora do Instituto Montanha para Todos. Além de especialistas em direito, educação e saúde, planejadores urbanos de diversos municípios, lideranças indígenas e jovens.

Segundo Tânia Perfeito Jardim, assistente técnica da Gerência de Educação para Sustentabilidade e Cidadania do Sesc São Paulo, a situação de pandemia impactou diversos aspectos da vida. O desejo de sentir-se livre e seguro em espaços naturais tornou-se um pensamento recorrente, e abordar a importância do fortalecimento do vínculo entre criança e natureza, especialmente agora, estimula a reflexão sobre quais são as mudanças desejáveis e possíveis para uma retomada mais equilibrada entre seres humanos e o planeta. “Percebemos no Festival uma forte consonância com a ação permanente do Sesc, vinculada especialmente aos programas Espaço de Brincar, Curumim, Juventudes e Educação para a Sustentabilidade. Neles, entre outros assuntos, buscamos proporcionar a contemplação, a interação com a natureza e a salvaguarda do patrimônio natural, aliadas a atividades educativas que estimulam o desenvolvimento pleno de bebês, crianças, adolescentes e jovens” , diz Tânia.

“A construção de praças com espaços para encontro e brincadeiras em todos os bairros da cidade, a criação e recuperação de parques públicos, a redução da poluição e o reforço na arborização da cidade são exemplos de políticas favoráveis à infância”, diz JP Amaral, coordenador do programa Criança e Natureza, do Instituto Alana. “Precisamos buscar caminhos práticos, com soluções baseadas na natureza, para que o direito à vida e à saúde, em um meio ambiente equilibrado, prevaleçam. Esse é um dever de todos: famílias, profissionais, empresas, poder público. É essencial e urgente!”, diz Amaral.

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