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A evolução dos estudos sobre os benefícios da agricultura orgânica

Foto: Shutterstock
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Por Prof. Alexandre Avilac*

À medida que o potencial impacto dos organismos geneticamente modificados para o ambiente e a saúde não é totalmente compreendido, a agricultura orgânica vem se posicionando com uma abordagem de precaução, focada em fomentar a biodiversidade natural. Assim, a agricultura orgânica tem uma abordagem pró-ativa em oposição ao tratamento de problemas depois que eles surgem.

Bom para os produtores…

De acordo com uma pesquisa publicada pelo Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA), os pequenos agricultores da América Latina, China e Índia podem se beneficiar economicamente através da agricultura biológica e ainda assim ajudar no alívio da pobreza nestes países.

O alimento orgânico é normalmente vendido por preços maiores do que os alimentos convencionais (muitas vezes ultrapassando valores +30%) e esse é um ponto muito interessante para um pequeno agricultor cuja renda muitas vezes é suficiente somente para alimentar sua família com uma única refeição diária.

Além disso, pensando em uma produção ainda mais sustentável, uma evolução na economia da produção desses pequenos agricultores poderia ser expandida através de diferentes tipos de produção de energia, aumentando ainda mais a margem de lucros destes. Porém, infelizmente, nas áreas mais pobres do mundo energias renováveis não são temas bem explorados.

Bom para os consumidores…

Enquanto há diversos argumentos contra a produção de alimentos orgânicos em países em desenvolvimento, como o alto preço, não se pode negar que existam diversos benefícios que podem ser apreciadas.

Uma série de estudos foram concluídos em relação aos efeitos dos antioxidantes derivados de alimentos orgânicos em sua saúde geral, e os resultados predominantes têm mostrado que os antioxidantes tendem a ter mais impacto quando eles vêm de alimentos orgânicos.

A modificação genética ainda está em seus estágios iniciais, de modo que os efeitos em longo prazo de que a saúde humana não são compreendidos. Porém, testes com animais mantidos com alimentos geneticamente modificados mostraram uma grande redução na resistência do sistema imunológico destes.

Produtores de alimentos orgânicos e os produtores de leite não usam antibióticos em seus processos. O seu uso exagerado de antibióticos também podem favorecer a resistência de micro-organismos a certos medicamentos, o que tornam essas bactérias super-resistentes.

Por fim, Algumas pessoas acreditam fortemente que o alimento orgânico tem um gosto melhor do que o alimento não orgânico.  Isso não pode ser provado por pesquisas, visto que a interpretação dos sabores é algo pessoal. Porém, como argumento muitas vezes defendido em conversas meio a corredores de supermercados e feiras: alimentos geneticamente modificados muitas vezes apresentam aparência atrativa, mas o sabor não acompanha a expectativa.

 

Fontes:

http://organic.insightd.net/reportfiles/Antioxidant_SSR.pdf

http://www.ifad.org/gbdocs/eb/ec/e/32/EC-2002-32-W-P-3.pdf

http://www.saudedescomplicada.com

https://www.organicfacts.net/organic-products

http://www.vitaminasnaturais.com

http://www.fontesdeenergia.com

* Professor Alexandre Avilac leciona Colaboração em Massa na FIT-SP. Defende o empreendedorismo focado nos reais valores da sociedade e cria conteúdo para ONGs regularmente.