Por Paula Costa e Valter Ziantoni, fundadores do hub de inteligência agroflorestal Pretaterra
As companhias que são grandes compradoras do agro são capazes de fazer uma transformação de paisagem mais ampla e mais rápida
Quando os sistemas agroflorestais, ou seja, os sistemas de produção de alimentos em que árvores são plantadas junto com as culturas agrícolas, começaram a ganhar notoriedade no Brasil, em meados dos anos 1990, eles costumavam ser feitos em pequena escala – e com pouca clareza de custos, receitas, produtividade e foco de mercado.
De lá para cá, o que mudou foi que a agrofloresta começou a ser levada a sério pelo mercado, inclusive pelos consumidores, que entenderam a necessidade de comprar produtos melhores e passaram a cobrar que as grandes companhias produtoras e processadoras de alimentos usassem matéria-prima agroflorestal. Foi um movimento parecido com o que aconteceu com a emissão de carbono, em que as empresas precisaram mudar a maneira com que tratavam o assunto após demanda popular.
Assim, grandes compradores do agro, também chamados de offtakers, as companhias que fazem a ponte entre os produtores e os consumidores, passaram a apoiar ou criar iniciativas de transformação da paisagem – desde projetos mais simples, como restaurar APPs (áreas de preservação permanente), até objetivos mais complexos, como mudar toda a cadeia produtiva de um produto, ao promover a agricultura regenerativa.
Ou seja, não basta que as grandes companhias comprem de produtores já adequados aos sistemas agroflorestais, até porque eles ainda são poucos – é preciso que elas incentivem que novos produtores migrem para esses sistemas. Por isso, apesar de não plantarem nenhum hectare, essas empresas são atores fundamentais na cadeia, são drivers, facilitadores, porque investem na transformação dessa cadeia.
Consultorias e hubs de inteligência agroflorestal como a Pretaterra atuam de forma transversal, fazendo o chamado advocacy (apoiando a causa e criando meios) para consumidores e produtores e ajudando offtakers a promoverem essa transformação.
Essas companhias, que estão em busca de conhecimento sobre como produzir alimentos que respeitam o solo e o clima e de profissionais que são capazes de mudar o sistema produtivo, são capazes de fazer uma transformação de paisagem mais ampla do que os pequenos produtores, por exemplo. Isso porque elas possuem mais recursos, que, se bem empregados, podem gerar mudanças que tenham mais impacto – e de forma mais rápida.
Por isso, elas são grandes aliadas na causa de mudar o sistema alimentar em larga escala – algo que, atualmente, deve ser preocupação da sociedade como um todo.
Sobre a Pretaterra
Iniciativa que se dedica à disseminação de agroflorestas regenerativas – desenvolvendo designs replicáveis e elásticos, combinando conhecimentos ancestrais a inovações tecnológicas e construindo uma nova agricultura, sustentável, resiliente e duradoura.
Na vanguarda da agrofloresta, a Pretaterra conquistou, em 2018, o primeiro lugar em “Negócios Inovadores” no concurso de startups no Hackatown. Em 2019, projetou, implementou e modelou economicamente a agrofloresta “Café dos Contos”, que ganhou o primeiro lugar em “Sustentabilidade” no Prêmio Novo Agro, do Banco Santander e da Esalq. Em 2020, foi finalista do Prêmio Latinoamerica Verde, para startups e projetos inovadores em sustentabilidade na América Latina.
A convite pesssoal do Rei Charles III e do Instituto Florestal Europeu, em 2021, a Pretaterra passou a liderar a frente científica agroflorestal da Aliança da Bioeconomia Circular. No mesmo ano, foi criada a Pretaterra Academy, o primeiro e mais robusto ecossistema de compartilhamento de conhecimento agroflorestal regenerativo existente. Em 2022, tornou-se agente da Década de Restauração de Ecossistemas das Nações Unidas.
Para mais informações, acesse www.pretaterra.com e as redes sociais da empresa: LinkedIn, Instagram, Facebook e YouTube.Para mais informações, acesse www.pretaterra.com e as redes sociais da empresa: LinkedIn, Instagram, Facebook, Twitter e YouTube.
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