Por Leno F. Silva*
Aquele encontro ocorrido no momento exato em que você dobrou a esquina e se deparou com um amigo que há muito não via é sintonia.
Se tudo na vida é energia, e se o universo está contido em cada um de nós, provocamos esse tipo de situação a partir do instante em que a “imaginamos” e decidimos concretizá-la.
Viver reúne um conjunto de realizações, algumas percebidas, planejadas, e outras que deixamos escapar por indiferença ou por não detectá-las.
No campo profissional é comum criar, planejar, concretizar, medir e avaliar. São práticas as quais estamos submetidos. Contudo, na esfera pessoal, imaginar, exercitar a busca do equilíbrio e da sabedoria; ter capacidade de discernir e agir para a realização de desejos, sonhos e vontades, nem sempre é possível por não estarmos suficientemente preparados para certos tipos de escolhas e decisões.
Essa desconexão no mundo interno, a nossa casa, com o que fora nos circunda o tempo todo faz não perceber tantas coisas, não enxergar diversos acontecimentos e perder de vista, por exemplo, a possibilidade de encontrar pessoas, as quais poderiam, quem sabe, ser decisivas em nossas existências.
Com tantos estímulos externos e com essa mania de não desgrudar do Smartphone e das Redes Sociais, nos esquecemos de olhar para dentro com o simples propósito de nos reencontrarmos. Quando verdadeiramente identificarmos e incorporarmos a nossa essência e razão de ser, a natureza da vida se apresentará em outros sentidos e teremos condições de percebê-la com distintos significados. Por aqui, fico. Até a próxima. (#Envolverde)
* Leno F. Silva escreve semanalmente para Envolverde. É sócio-diretor da LENOorb – Negócios para um mundo em transformação e conselheiro do Museu Afro Brasil. É diretor do IBD – Instituto Brasileiro da Diversidade, membro-fundador da Abraps – Associação Brasileira dos Profissionais de Sustentabilidade, e da Kultafro – rede de empreendedores, artistas e produtores de cultura negra. Foi diretor executivo de sustentabilidade da ANEFAC – Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade. Editou 60 Impressões da Terça, 2003, Editora Porto Calendário e 93 Impressões da Terça, 2005, Editora Peirópolis, livros de crônicas.