Por Leno F. Silva*
O Facebook me “presenteou” com um vídeo no qual reuniu “aleatoriamente” os meus melhores momentos deste ano.
Antes de compartilhar, quis alterar algumas fotos, mas não consegui e publiquei a versão indicada pela lógica dessa Rede Social que, me parece, levou em conta as imagens mais curtidas. Ou seja, audiência pura.
Aproveitei esse fato e fiz o meu filme mental, visto que já estamos em clima de Papai Noel, como diz aquela canção “inesquecível” interpretada pela Simone: É Natal!
E como neste ano as Boas Festas e o Réveillon serão em finais de semana convencionais, impedindo emendas saborosas, considero que as confraternizações terão menos entusiasmos, também devido às dezenas de fatores externos ocorridos e, muitos deles, ainda em curso.
Por isso o caminho mais sensato é cuidar daquilo que temos algum controle: emoções, sentimentos, escolhas e decisões, mas sem deixar de olhar e levar em conta as questões da esfera pública, e tudo o que precisamos avançar no sentido de garantir o bem comum.
No minha fita de curtíssima metragem este ano ficará registrado por durezas e frustrações, algumas perdas, outros danos, e muitas alegrias e aprendizados.
Como há tempos exercito as reflexões e as transformações a cada instante, o pequeno filme-balanço que produzi está bem depurado, e nessa dinâmica, se ele for editado amanhã, já será diferente.
Sou grato a tudo o que me aconteceu até agora. Sou grato às escolhas, às decisões e aos aprendizados, os quais que permitiram praticar o desapego e agir com mais sabedoria e consciência de dentro para fora, sem julgamentos e respeitando as diversidades da vida.
Com essa serenidade, em 2017, continuarei batalhando por relações e caminhos individuais e coletivos, por meio dos quais tenha condições de nutrir o meu viver, e contribuir para a construção de um país mais digno, amoroso e próspero para mim e para todos nós. Por aqui, fico. Até a próxima. (#Envolverde)
* Leno F. Silva escreve semanalmente para Envolverde. É sócio-diretor da LENOorb – Negócios para um mundo em transformação e conselheiro do Museu Afro Brasil. É diretor do IBD – Instituto Brasileiro da Diversidade, membro-fundador da Abraps – Associação Brasileira dos Profissionais de Sustentabilidade, e da Kultafro – rede de empreendedores, artistas e produtores de cultura negra. Foi diretor executivo de sustentabilidade da ANEFAC – Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade. Editou 60 Impressões da Terça, 2003, Editora Porto Calendário e 93 Impressões da Terça, 2005, Editora Peirópolis, livros de crônicas.