Opinião

Ora, pois, para as artes plásticas

Por Leno F. Silva*

Conhecemos bem e somos apreciadores da culinária lusitana, relativamente popular por aqui graças ao bacalhau e às padarias.

Embora também estejamos familiarizados com os doces, São Paulo ganhou nos últimos anos uma representante oficial: a Casa Mathilde, que oferece uma variedade de pães e doces a partir das receitas artesanais desenvolvidas desde 1850.

Se no campo gastronômico estamos bem servidos, sabemos pouco das artes plásticas produzidas no país-irmão. Foi para preencher essa lacuna que o Museu Afro Brasil concebeu, sob a curadoria de Emanoel Araujo, a exposição “PORTUGAL PORTUGUESES – Arte Contemporânea”.

Trata-se de uma mostra vigorosa, a maior realizada no Brasil, que reúne trabalhos de mais de 40 artistas, com uma diversidade de técnicas, as quais formam um significativo panorama atual.

Foto: Rui Calçada Bastos
Foto: Rui Calçada Bastos

 

Reserve pelo menos duas horas para percorrer os distintos espaços e apreciar cada detalhe das obras. Saboreie cada trabalho como se estivesse degustando as delícias gastronômicas ou um ótimo vinho do Porto, e volte para a casa com a alma nutrida.  Ora, pois, por aqui, fico. Até a próxima.

Serviço:

Título: PORTUGAL PORTUGUESES – Arte Contemporânea

Curadoria: Emanoel Araujo

Onde: Museu Afro Brasil

Parque do Ibirapuera, Portão 10

Período: até 8 de janeiro de 2017

Horário: de terça-feira a domingo, das 10 às 17 horas, com permanência até às 18 horas.

(#Envolverde)

* Leno F. Silva escreve semanalmente para Envolverde. É sócio-diretor da LENOorb – Negócios para um mundo em transformação e conselheiro do Museu Afro Brasil. É diretor do IBD – Instituto Brasileiro da Diversidade, membro-fundador da Abraps – Associação Brasileira dos Profissionais de Sustentabilidade, e da Kultafro – rede de empreendedores, artistas e produtores de cultura negra. Foi diretor executivo de sustentabilidade da ANEFAC – Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade. Editou 60 Impressões da Terça, 2003, Editora Porto Calendário e 93 Impressões da Terça, 2005, Editora Peirópolis, livros de crônicas.