Diversos

Para prosperarmos, somos todos fundamentais

Por Mario Pino*

Todos os agentes de um ecossistema possuem um papel importante, por isso, quando trabalham em harmonia, o sistema melhora e todos se beneficiam. Esse mesmo ensinamento básico de biologia também pode ser aplicado no mundo corporativo. Sendo um dos agentes fundamentais para o equilíbrio socioambiental, o setor empresarial, é responsável por contribuir para o desenvolvimento de soluções ao sistema em que se situa.

Ficou no passado a ideia de que as empresas devem ter como objetivo exclusivo o lucro. Hoje o setor privado é percebido como braço fundamental para o combate às mudanças climáticas e à pobreza, gerando oportunidades para o desenvolvimento humano e a preservação ambiental.

Organizações de todo o mundo já assumiram essa nova postura na gestão de seus negócios. A Rede Brasileira do Pacto Global, iniciativa ligada à ONU (Organização das Nações Unidas), foi a primeira a lançar, em língua nativa, as “Diretrizes para implementação dos ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável) na estratégia dos negócios”. Além disso, 50 companhias já se comprometeram com os ODS, instrumento criado para balancear as dimensões econômicas, sociais e ambientais em todos os países do mundo, promovendo a prosperidade de forma igualitária, respeitando os limites do planeta e engajando todos os agentes pela promoção de amplas parcerias.

Recentemente o Movimento pela Redução de Perdas e Água na Distribuição – iniciativa da Rede Brasileira do Pacto Global das Nações Unidas, liderada pela Braskem e Sanasa e em parceria com diversas empresa – iniciaram ampla campanha para reduzir as perdas de água nos sistemas de distribuição.

O Projeto Aquapolo é uma parceria público-privada no ABC Paulista, trata a água do esgoto doméstico e consegue fornecer até mil litros por segundo de água de reúso para empresas do Polo Petroquímico de Capuava. É um outro exemplo concreto de como o setor empresarial pode criar condições para uma economia mais sustentável. Pois, além de economizar água potável e evitar o risco de desabastecimento a iniciativa também ameniza problemas ambientais e de saúde.

As instituições privadas também devem buscar contribuir com projetos de alto impacto socioambiental, após fazer uma criteriosa avaliação de viabilidade. Graças ao investimento de empresas, o Instituto Fábrica de Florestas mantém projetos, como o Viveiro na Escola, que capacita professores e promove visitas guiadas para alunos das redes pública e privada para que aprendam sobre botânica, produção e plantio de mudas nativas da Mata Atlântica e conservação das florestas. Somente essa ação já sensibilizou cerca de 7 mil pessoas entre Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo. Além disso, mais de um milhão de mudas foram produzidas pelo Instituto, sendo que destas aproximadamente 600 mil foram plantadas em áreas degradadas e urbanas.

Finalmente, ao lado de agentes públicos e comunidades é possível abrir um caminho mais sustentável em todos os aspectos da sociedade e ter “ecossistema” mais equilibrado. (#Envolverde)

*Mario Pino, gerente de Desenvolvimento Sustentável da Braskem.