Por Leno F. Silva* 

É necessário ver “Humano”, o documentário de muitos impactos, que revela as nossas diversidades por meio de dezenas de depoimentos de pessoas comuns, gente que vive nos seus lugares – alguns dos quais desconheço -, com experiências e percepções de que a dignidade da vida é o nosso maior patrimônio.

A obra é sustentada por dois pilares: manifestações sinceras de homens e mulheres de diferentes faixas etárias, inclusive crianças, as quais representam inúmeras etnias e regiões do planeta; e um conjunto de imagens poderosas, filmadas em grandes planos, talvez para demonstrar o quanto o ser humano é pequeno em relação às riquezas da natureza.

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

 

Nas mais de duas horas e meia de projeção, falou-se sobre temas comuns aos dias atuais: felicidade, amor, violência, família, preconceito, intolerância, o sentido da vida, dentre outros.

Todos os depoimentos utilizam linguagens coloquiais, compreensíveis, e são expressos com profunda sinceridade. Tudo na cara, com emoção, graça, choro, generosidade e compaixão.

Trata-se de um filme que merece ser assistido por cada um de nós e, principalmente, pelas lideranças políticas e econômicas mundiais, principalmente nos dias de hoje em que convivemos com a existência de conflitos armados e situações de intolerâncias em vários países.

Considero que esse documentário possa ser um instrumento por meio do qual haja o entendimento de que respeitar, valorizar e cuidar dos seres humanos e de todas as formas de vida é prioridade única para todos nós nessa existência, e como garantia do viver para as futuras gerações. Por aqui, fico. Até a próxima.

Serviço:

Título: Human (Original)

Direção: Yann Arthus-Bertrand

País: França

Duração: 190 minutos

Classificação indicativa: 12 anos

Nos cinemas e também disponível no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=TnGEclg2hjg&list=PLdTvmFPBr0MmlhTVhP1Nncs3GADBCL7u8

(#Envolverde)

* Leno F. Silva escreve semanalmente para Envolverde. É sócio-diretor da LENOorb – Negócios para um mundo em transformação e conselheiro do Museu Afro Brasil. É diretor do IBD – Instituto Brasileiro da Diversidade, membro-fundador da Abraps – Associação Brasileira dos Profissionais de Sustentabilidade, e da Kultafro – rede de empreendedores, artistas e produtores de cultura negra. Foi diretor executivo de sustentabilidade da ANEFAC – Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade. Editou 60 Impressões da Terça, 2003, Editora Porto Calendário e 93 Impressões da Terça, 2005, Editora Peirópolis, livros de crônicas.