Ambiente

“Pantanal – Vida, Morte e Renascimento”: exposição virtual reúne olhar de grandes fotógrafos sobre o bioma tão castigado

por Suzana Camargo, Conexão Planeta – 

Nesse 12 de novembro comemora-se o Dia do Pantanal. Infelizmente, há pouquíssimo a se comemorar em 2020. Quase 30% do bioma – a maior planície alagável de água doce do mundo e Patrimônio da Humanidade e Reserva da Biosfera -, foi destruído nos últimos meses pelos incêndios florestais. 4,2 milhões de hectares queimados. Dados preliminares de um censo, que está sendo realizado por pesquisadores de várias institutições, revela que milhões de anfíbios e répteis morreram.

O rio Paraguai, um dos maiores da América do Sul e que abastece grande parte do Pantanal, nunca antes apresentou um nível tão baixo. Fle enfrentou o maior período de estiagem dos últimos 47 anos.

Para marcar a data de hoje e trazer ainda mais atenção para esta região tão importante e símbolo da biodiversidade brasileira, o o WWF-Brasil lançou uma exposição virtual com fotografias de alguns dos mais renomados fotógrafos brasileiros, bolivianos e paraguaios, como Araquém Alcântara (autor da imagem que abre este post), André Zumak, Nathália do Valle e Reynaldo Leite Martins Júnior (Brasil), Alejandro de los Rios e Stefflen Reichle (Bolívia) e Lourdes Matoso Mendez e Tatiane Galluppi Selich (Paraguai).

Até 27 de novembro, “Pantanal: Vida, Morte e Renascimento” pode será ser vista pela internet. Os visitantes digitais terão a opção de escolher fazer um tour guiado ou explorar a mostra por conta própria.

De acordo com os organizadores da exposição, “as 24 fotos narram a tragédia que se abateu na região pela conjunção da ação da natureza, na forma da maior seca já registrada desde 1973, com a ação humana, que iniciou os incêndios. Embora exaustivamente expostas pela imprensa, as imagens do período de queimadas ainda são uma forte denúncia da exploração insensata da natureza – denúncia esta que se torna ainda mais forte frente ao contraste de como o bioma se encontrava antes das queimadas”.

Mas “Pantanal: Vida, Morte e Renascimento” não mostra apenas desalento. Revelam também o poder de resiliência do bioma, e como, meses após a devastação imposta pelo fogo, pouco o pouco, a natureza se recupera e os pantaneiros começam a retomar suas vidas.

A exposição foi montada para apresentar ao internauta o Pantanal em três momentos cruciais vividos em 2020: em seu esplendor, durante as queimadas e na fase subsequente, quando o bioma tenta se recuperar.

Confira abaixo algumas das imagens que fazem parte da mostra:

Stefflen Reichle

Reynaldo Leite Martins Júnior

Nathália do Valle

André Zumak


Araquém Alcântara


Alejandro de los Rios


Nathália do Valle

Fotos: divulgação WWF-Brasil

Publicado no Conexão Planeta em 12 de novembro de 2020

Suzana Camargo
Jornalista, já passou por rádio, TV, revista e internet. Foi editora de jornalismo da Rede Globo, em Curitiba, onde trabalhou durante 6 anos. Entre 2007 e 2011, morou na Suíça, de onde colaborou para publicações brasileiras, entre elas, Exame, Claudia, Elle, Superinteressante e Planeta Sustentável. Desde 2008 , escreve sobre temas como mudanças climáticas, energias renováveis e meio ambiente. Depois de dois anos e meio em Londres, vive agora em Washington D.C.

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