Ambiente

Agrotóxico que causa mutação genética e Parkinson pode ser liberado por deputados

A Câmara dos Deputados poderá sustar resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que proíbe o uso no País de agrotóxicos que contenham a substância ativa ‘Paraquate’ em sua composição (Resolução 117/17).

É o que pretende o Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 817/17, do deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS). “O setor agropecuário se depara com a proibição de uma das ferramentas mais importantes para o cultivo de várias das principais culturas nacionais – como a soja, cana-de-açúcar, milho, algodão e trigo”, observa Heinze.

O deputado argumenta que o Paraquate é registrado e comercializado em 85 países, entre os quais EUA, Canada, Austrália, Japão e Nova Zelândia, que, segundo ele, possuem os sistemas regulatórios mais exigentes do mundo. Para Heinze, o parecer da Anvisa fundamentou-se em argumentos políticos e não científicos.

O parecer da Anvisa que proíbe o uso de Paraquate conclui que o manuseio do produto pode levar a mutação genética e causar a doença de Parkinson.

Heinze rebate as conclusões da Anvisa baseando-se no parecer do órgão sanitário da Austrália (Australian Pesticides and Veterinary Medicines Authority (APVMA), o qual, segundo o deputado, concluiu em 2016 que não há relação causal do Paraquate com a doença de Parkinson ou com mutagenicidade. Fonte Ag Camara (#Envolverde)