Por ClimaInfo –
A derrota do governo Bolsonaro nas próximas eleições é a única forma de reverter o quadro de deterioração da política ambiental, principalmente no que diz respeito à preservação da Amazônia. Mesmo assim, muito trabalho será necessário. Por isso, o Observatório do Clima (OC), organização que reúne 73 ONGs, incluindo o ClimaInfo, elaborou um conjunto de propostas para dar subsídio a uma ação eficaz, ágil e que recupere o quanto antes a credibilidade do Brasil. Nesta quinta-feira (19), um primeiro conjunto foi apresentado: 62 medidas que podem se tornar viáveis já nos primeiros 100 dias de governo, conforme reportam a Folha e o Portal Metrópoles.
O documento – Brasil 2045 – foi entregue aos principais pré-candidatos ao Planalto, com exceção do atual presidente. As ações vão de revogar decretos e reinstalar conselhos, até medidas que retomam a fiscalização e a aplicação da lei. Com essas primeiras ações já seria possível, segundo o texto, atuar em temas emergenciais, como o garimpo em Terras Indígenas, o corte de subsídios à energia fóssil, que está encarecendo as contas de luz, ou ainda desfazer a “pedalada climática” na meta brasileira do Acordo de Paris, a chamada NDC (Contribuição Nacionalmente Determinada). O OC entregará ao governo eleito uma lista de “boiadas” a serem revogadas, e medidas para suprir as lacunas dessas revogações, em um conjunto de 74 medidas para os primeiros dois anos, apelidada de “Volume 2” do documento. “O nosso país pode se tornar a primeira grande economia do mundo a sequestrar mais gases de efeito estufa do que emite, tornando-se negativo em carbono já em 2045”, diz o plano do Observatório do Clima.
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