Surgidos como resposta à necessidade de a indústria automobilística frear o lançamento de gases poluentes na atmosfera, os carros movidos a outras fontes que não sejam a de combustíveis fósseis estão, aos poucos, tornando-se realidade ao redor do mundo. O público que visitar a Fiema Brasil – entre os dias 10 e 12 de abril, em Bento Gonçalves – poderá conferir de perto um carro 100% elétrico.
O modelo e6, minivã da montadora chinesa BYD, estará em exposição durante os três dias da feira. Neste período, um representante da marca explicará seu funcionamento e mostrará curiosidades do veículo que só necessita ter sua bateria carregada durante cerca de duas horas para rodar até 400 quilômetros. “Os carregadores de bateria são adaptáveis tanto para o uso com grandes voltagens quanto em residências. A diferença é que em casa aumenta um pouco o tempo para carregar”, explica Augusto Canova, gerente comercial da Priori Locações, que viabilizou a vinda do carro à feira.
Ao contrário dos carros convencionais, grandes emissores de gases nocivos ao meio ambiente – como o dióxido de carbono (CO2), um dos responsáveis pelo aquecimento global –, os veículos elétricos não emitem quaisquer tipos de fluidos, sendo ecologicamente adequados. Esse é um dos grandes trunfos desses carros, também chamados zero emissões. Outro são os baixíssimos níveis de ruído e de manutenção. Em contrapartida, ainda são comercializados a preços elevados – o custo do e6 no país fica entre R$ 240 mil e R$ 260 mil. Para melhorar essa situação, as montadoras aguardam a queda no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros elétricos e híbridos, anunciada pelo governo, a fim de que possam importar ou trabalhar em projetos nacionais.
No Brasil, os carros elétricos ainda estão em fase de teste, mas já existem modelos rodando em São Paulo e vários eletropostos operam no país. Além deles, a indústria automobilística criou os veículos híbridos e os híbridos plug-in. Nos primeiros, a energia do sistema à combustão é utilizada para carregar as baterias a fim de ajudar no deslocamento do veículo, com uma média emissão de gás CO2. Nos segundos, existe a possibilidade de carregamento da bateria por uma fonte de energia externa, gerando baixa emissão de CO2.
Na União Europeia, a meta é reduzir em 30% as emissões de CO2 de automóveis até 2030, a fim de atingir as metas climáticas do Acordo de Paris. Para isso, linhas de crédito devem ser abertas para impulsionar a produção de veículos de baixa ou nula emissão na ordem de 1 bilhão de euros.(#Envolverde)