Por Envolverde –
Ainda que o texto final do acordo estabelecido na 28ª Conferência do Clima da ONU, realizada em Dubai, cause uma sensação de que a “era do petróleo” esteja caminhando para o fim, ambientalistas e especialistas em clima alertam que a urgência para conter as mudanças climáticas necessita de uma linguagem mais firme, ações mais rápidas, e recursos garantidos para mitigação e adaptação.
“Apesar de não termos um plano claro sobre como se dará a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis, o ganho real da COP28 foi colocar o petróleo no centro do debate, responsabilidade que nenhuma das 27 Conferências do Clima anteriores tinha assumido”, declarou Camila Jardim, especialista em Política Internacional do Greenpeace Brasil. A principal oposição de ativistas climáticos é a falta, no documento, de prazos explícitos para a transição energética. Por outro lado, Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, comemorou os debates sobre alternativas para os combustíveis fósseis, que foram temas centrais nas negociações entre as autoridades presentes na Conferência. “Os países agora precisam decidir que verdade vai prevalecer: a do texto da COP ou a dos seus planos de explorar cada vez mais petróleo, carvão e gás”, concluiu Astrini.
Synergia Socioambiental e Envolverde na cobertura da COP28. (Guilherme Loureiro/Envolverde)
