Clima

COP28: Brasil na COP28 é marcado por avanços e retrocessos

Por Envolverde – 

Para ambientalistas e membros de organizações não governamentais, a participação do Brasil na COP28 foi, no mínimo, contraditória. Se, por um lado, o país desenvolveu e participou de significativas cooperações socioambientais e arrecadou doações para o Fundo Amazônia, por outro, o governo insistiu em estar ao lado do “clube do petróleo”, ao aceitar o convite para ingressar na Opep+.  Não satisfeito, logo após o fim da 28ª Conferência do Clima da ONU, que se encerra nesta terça-feira, 11, é esperada a realização de um mega leilão, apelidado de “Leilão do Fim do Mundo”, para exploração de petróleo e gás na Amazônia. A ação vai na contramão dos discursos apresentados em Dubai, que garantiam o compromisso com a transformação energética.

A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) planeja ofertar 602 novas áreas de exploração, incluindo 21 blocos na bacia do rio Amazonas. Essa medida coloca em risco dezenas de comunidades indígenas e quilombolas da região, além de ignorar todas as orientações e acordos que foram discutidos ao longo desses 13 dias de Conferência. “Especialistas apontam que as novas áreas do leilão poderiam resultar em emissões superiores a um gigatonelada de carbono equivalente, anulando os ganhos climáticos previstos para a próxima década”, destaca apuração da Mídia Ninja. 

Synergia Socioambiental e Envolverde na cobertura da COP28. (Guilherme Loureiro/Envolverde)